Construção de caso clínico na internação psiquiátrica

proposta de trabalho em psicanálise

  • Beatriz Alves Viana Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Camilla Araújo Lopes Vieira Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.
  • Luis Achilles Rodrigues Furtado Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.
  • Mikkael Duarte dos Santos Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.
  • Karina Oliveira de Mesquita Instituto de Formação Superior do Ceará-IFESC, Sobral, CE, Brasil.
Palavras-chave: Psicanálise, Psicose, Unidade de Internação, Construção do Caso Clínico

Resumo

Este artigo discute as contribuições do método psicanalítico de Construção do Caso Clínico à internação psiquiátrica, a partir de questões suscitadas durante a experiência de estágio em uma Unidade Psiquiátrica no Ceará. O método é uma proposta de orientação institucional ao campo da Saúde Mental e foi utilizado como estratégia de intervenção, visando uma orientação da equipe ao tratamento de casos de difícil manejo. Essa ferramenta indicou uma abordagem diferencial dos casos, permitindo uma articulação em rede feita em equipe, além de tornar possível traçar intervenções clínicas específicas para cada paciente.

Biografia do Autor

Beatriz Alves Viana, Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Psicóloga pela Universidade Federal do Ceará-UFC.

Mestranda em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ.

Camilla Araújo Lopes Vieira, Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.

Professora Doutora do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará-UFC.

Luis Achilles Rodrigues Furtado, Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.

Professor Doutor do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará-UFC.

Mikkael Duarte dos Santos, Universidade Federal do Ceará-UFC, Sobral, CE, Brasil.

Psiquiatra.

Mestre em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará-UFC.

Professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará-UFC e no Centro Universitário INTA-UNINTA, Sobral, CE, Brasil.

Karina Oliveira de Mesquita, Instituto de Formação Superior do Ceará-IFESC, Sobral, CE, Brasil.

Professora Mestre da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia e do Instituto
de Formação Superior do Ceará-IFESC.

Referências

ALVARENGA, Eliza. Estabilizações. Revista Curinga, v. 14, p. 18-23, 2000.

BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília (DF), 2004.

BURSZTYN, D. C.; FIGUEIREDO, A. C. O tratamento do sintoma e a construção do caso na prática coletiva em saúde mental. Tempo psicanal., Rio de Janeiro, v. 44, n. 1, p. 131-145, jun. 2012. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-48382012000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018.

CIACCIA, A. D. Da fundação de um à prática feita por muitos. Curinga Psicanálise e saúde mental, Escola Brasileira de Psicanálise, Minas Gerais, n. 13, p. 60-65, 1999.

FIGUEIREDO, A. C. A construção do caso clínico: uma contribuição da psicanálise à psicopatologia e à saúde mental. Rev. Latinoam. Psicopatol. Fundam., São Paulo, v.7, n. 1, p. 75-86, mar. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142004000100075&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1415-47142004001006.

FREUD, S. (1912). Consejos al médico sobre el tratamiento psicoanalítico. Buenos Aires: Amorrortu, 1976. (Obras completas de Sigmund Freud, 7).

______. (1924). La pérdida de realidad en la neurosis y la psicosis. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. (Obras completas de Sigmund Freud, 19).

KYRILLOS NETO, F. Reforma psiquiátrica e clínica da psicose: o enfoque da psicanálise. Aletheia, Canoas, n. 30, p. 39-49, dez. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942009000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018.

GARCIA, C. Rede de redes. In: Psicanálise, psicologia, psiquiatria e saúde mental: interfaces. Belo Horizonte: Ophicina de arte e prosa, 2002.

GUERRA, A. M. C. A psicanálise no campo da saúde mental infanto-juvenil. Psychê, São Paulo, v. 9, n. 15, p. 139-154, jun. 2005. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&id=S1415-11382005000100011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018.

JACINTO, R. S.; COSTA, A. M. M. da. Considerações sobre o conceito de estabilização nas psicoses. Arq. bras. psicol., Rio de Janeiro, v. 63, n. 2, p. 49-57, 2011. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672011000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018.

LACAN, J. (1955-1956). O seminário, livro 3: as psicoses. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1985.

______. (1957-1958). O seminário, livro 4: as formações do inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1985.

______. (1960). Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

______. (1967). Alocução sobre as psicoses da criança. In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1998.

______. (1969-1970). O seminário, livro 17: o avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.

______. (1993). Documento – O Caso de Mademoiselle B – Relato de uma apresentação de paciente feita por J. Lacan. In: Psicose - Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Ano IV, n. 9, nov. 93, p. 3.

MALEVAL, J-C. La forclusión Del Nombre Del Padre: el concepto y su clínica. Buenos Aires: Paidós, 2002.

MEYER, G. R. Algumas considerações sobre o sujeito na psicose. Ágora, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 299-312, dec. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982008000200009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982008000200009.

MONACHESI, A. R. O lugar do psicanalista em uma clínica das psicoses: algumas reflexões. Psychê, São Paulo, v. 9, n. 16, p. 165-182, dez. 2005. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382005000200011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 nov. 2018.

QUINET, A. Teoria e clínica da psicose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

TEIXEIRA, A. M. R. Tecendo a rede: a psicanálise na saúde mental. Revista Eletrônica CliniCAPS, 1 (1), p. 1-11, 2007. Disponível em: <http://www.clinicaps.com.br/clinicaps_pdf/Rev_01/Revista01_art2_Antonio.pdf>.

VIGANÒ, C. A construção do caso clínico em saúde mental. Curinga. v. 13, n. 1, p. 39-48, 1999. Disponível em: <http://minascomlacan.com.br/wp-content/uploads/2015/02/edicao_13-pdf.pdf>.

______. Trabalho em equipe na rede: a enfermeira e a instituição parceira. Revista Eletrônica CliniCAPS, v. 1, n. 3, p. 1-22, 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-60072007000300002&lng=pt&tlng=pt.>.

______. A construção do caso clínico. Opção Lacaniana online, v. 1, n. 1, p. 1-9, 2010. Disponível em: <http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_1/a_construcao_do_caso_clinico.pdf>.

VORCARO, A. Psicanálise e método científico: o lugar do caso clínico. In: KYRILOS

NETO, F.; MOREIRA, J. O. (Org.). Pesquisa em psicanálise: uma transmissão na Universidade. Minas Gerais: EdUEMG, 2010, p. 81-98.

ZENONI, A. Psicanálise e instituição. Abrecampos – Revista de Saúde Mental do Instituto Raul Soares, v. 1, p. 9-70, 2000.

Publicado
04-12-2019
Como Citar
VIANA, B.; LOPES VIEIRA, C.; RODRIGUES FURTADO, L.; SANTOS, M.; DE MESQUITA, K. Construção de caso clínico na internação psiquiátrica. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 41, n. 41, p. 175-190, 4 dez. 2019.
Seção
Artigos em Tema Livre