Todas as manhãs do mundo são sem regresso

  • Sabira Alencar Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Palavras-chave: Experiência musical, Corpo, Regressão, Fenômeno transicional

Resumo

O modo como Ferenczi e Winnicott pensaram o corpo e o universo simbólico permite uma reflexão interessante sobre aspectos da dinâmica psíquica, que estão em jogo na experiência musical. Com tais autores, é possível reconhecer a música como um fenômeno que envolve certo tipo de compreensão, que não se submete a uma dimensão externa ao sonoro e ao sensível, que não é, forçosamente, representável. É com base na memória sensorial das primeiras impressões auditivas que a música presentifica ecos de um vivido esquecido na lembrança e marcado no corpo. Na memória do corpo, a música se empresta para tudo poder significar, expressar, simbolizar, criar, mas nada exatamente.

Biografia do Autor

Sabira Alencar, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Psicanalista, membro associado/Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro (CPRJ), formada em Psicologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Saúde Coletiva/Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), doutora em Psicologia Clínica/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com estágio doutoral na Universidade Paris V - René Descartes.

Publicado
23-10-2018
Como Citar
ALENCAR, S. Todas as manhãs do mundo são sem regresso. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 39, n. 37 jul/dez, p. 207-226, 23 out. 2018.