O fazer analítico nos dias atuais

Ana Lila Lejarraga

Ana Lila Lejarraga Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Palavras-chave: Winnicott, Ferenczi, Balint, Trauma, Confiabilidade analítica

Resumo

A proposta deste trabalho é abordar a radical transformação do fazer analítico no tratamento de casos graves, de etiologia traumática. São trabalhadas as propostas de Ferenczi, Balint e Winnicott, já que, apesar de suas diferenças, apresentam inegável continuidade teórico-clínica. Os três autores formulam que o trabalho terapêutico com esses pacientes não neuróticos deve se basear na confiabilidade do analista e na regressão ao ponto de origem das perturbações, propondo
uma atitude analítica compreensiva e empática e enfatizando que o fator terapêutico mais importante é o relacional.

Biografia do Autor

Ana Lila Lejarraga, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Psicanalista, membro efetivo/Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro (CPRJ), doutorado em Saúde Coletiva/Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IMS-UERJ), professora associada do Instituto de Psicologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Referências

BALINT, Michael. Amour primaire et technique psychanalitique. Paris: Payot, 1972.

______. (1968). A falha básica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

FERENCZI, Sándor (1928). Elasticidade da técnica psicanalítica. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 25-36. (Obras completas, 4).

______. (1930). Princípio de relaxamento e neocatarse. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 53-68. (Obras completas, 4).

______. (1931). Análises de crianças com adultos. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 69-84. (Obras completas, 4).

______. (1932). Reflexões sobre o trauma. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 109-118. (Obras completas, 4).

______. (1933). Confusão de língua entre os adultos e a criança. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 97-108. (Obras completas, 4).

______. (1985). Diário clínico. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

FREUD, Sigmund (1904). Sobre psicoterapia. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 243-258. (Sigmund Freud Obras Completas, 7).

______. (1912). Sobre la dinámica de la trasferencia. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 93-106. (SFOC, 12).

______. (1914). Recordar, repetir e reelaborar. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 145-158. (SFOC, 12).

______. (1916). Conferencias de introducción al psicoanálisis. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 392-407. (SFOC, 16).

______. (1937a). Construcciones en el análisis. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 211-254. (SFOC, 23).

______. (1937b). Análisis terminable e interminable. Buenos Aires: Amorrortu, 1988. p. 211-254. (SFOC, 23).

LEJARRAGA, Ana Lila. Reflexões sobre a noção winnicottiana de necessidades egoicas. In: ______. Sexualidade infantil e intimidade, diálogos winnicottianos. Rio de Janeiro: Garamond, 2015. p. 57-72.

NEMIROVSKY, Carlos. Winnicott e Kohut. Porto Alegre: Triângulo Gráfica e Editora, 2015.

VAISBERG, Tânia Aiello. Ser e fazer, enquadres diferenciados na clínica winnicottiana. São Paulo: Ideias e Letras, 2004.

WINNICOTT, Donald Woods (1955). Aspectos clínicos e metapsicológicos da regressão no contexto analítico. In: ______. Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago, 2000. p. 374-392.

______. (1956). Formas clínicas da transferência. In: ______. Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago, 2000. p. 393-398.

______. (1963). Os doentes mentais na prática clínica. In: ______. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990, p. 196-206.

______. (1965). Os objetivos do tratamento psicanalítico. In: ______. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990, p. 152-155.

______. (1970). A experiência mãe-bebê de mutualidade. In: ______. Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994, p. 195-202.

______. (1971). A criatividade e suas origens. In: ______. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975, p. 95-120.

______. (1974). O medo do colapso. In: ______. Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994, p. 70-76.

______. (1987). A mãe dedicada comum. In: ______. Os bebês e suas mães. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 1-12.