Christopher Bollas

por uma psicanálise contracolonial

  • Lia Pitliuk Instituto Sedes Sapientiae (SP), Perdizes, SP
Palavras-chave: Psicanálise, Ética, Bollas, Colonial, Racismo

Resumo

As práticas coloniais – de dominação e violência material e simbólica – constituem talvez o tema mais relevante e urgente que temos em nosso horizonte. Situando a psicanálise – tomada, antes de mais nada, como ética – do lado da subversão dos padrões coloniais de relação, este artigo propõe o trabalho de Christopher Bollas como um aliado de peso para um caminho contracolonial dos nossos modos de pensar e de agir, ao propor uma clínica com capacidade não só desconstrutiva – função essencial do que entendemos por psicanálise –, mas também inventiva, promotora de novos e potentes arranjos e posicionamentos existenciais.

Biografia do Autor

Lia Pitliuk, Instituto Sedes Sapientiae (SP), Perdizes, SP

Psicanalista e psicóloga. Membro do departamento de Psicanálise e do departamento de Psicanálise com Crianças do Instituto Sedes Sapientiae (SP), onde é docente no curso de formação de analistas. Coordenadora dos grupos “Winnicott: leituras e reflexões”, “Em Linha - Grupo de estudos e pesquisa sobre a clínica psicanalítica on-line” e “Parentalidade”. Membro do “Espaço Potencial Winnicott: estudo e pesquisa em Psicanálise”. Docente no curso de pós-graduação em Psicanálise, Parentalidade e Perinatalidade do Instituto Gerar de Psicanálise e em cursos livres deste Instituto e do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Supervisora e coordenadora de grupos de estudo sobre Freud, Winnicott e Bollas. São Paulo, SP, Brasil.

Referências

BOLLAS, C. (1987). The self as object. In: ______. The shadow of the object – psychoanalysis of the unthought known. London: Routledge, 2018, p. 23-38.

______. (1989a). Glossary. In: ______. Forces of destiny – psychoanalysis and human idiom. London: Routledge, 2019, p. 159-161.

______. (1989b). A theory for the true self. In: ______. Forces of destiny – psychoanalysis and human idiom. London: Routledge, 2019, p. 7-18.

______. (1989c). The destiny drive. In: ______. Forces of destiny – psychoanalysis and human idiom. London: Routledge, 2019, p. 19-38.

______. (1992). The fascist state of mind. In: ______. The Christopher Bollas Reader. London: Routledge, 2011, p. 79-93.

______. Pulsional impiedoso e receptividade materna. Percurso – Revista de Psicanálise, ano XI, 1° semestre 1998, p. 136-145.

______. (2007a). Psychic transformations. In: ______. The freudian moment. London: Karnac, 2008, p. 1-32.

______. (2007b). What is theory? In: ______. The freudian moment. London: Karnac, 2008, p. 71-84.

______. (2007c). Perceptive identification. In: ______. The freudian moment. London: Karnac, 2008, p. 65-70.

______. Free association. In: ______. The evocative object world. London: Routledge, 2009, p. 4-28.

______. Character and interformality. In: ______. The Christopher Bollas Reader. London: Routledge, 2011, p. 238-248.

FRANK, A. (1947). O diário de Anne Frank. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2019.

FREUD, S. (1900). A interpretação de sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1976. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 4 e 5).

KILOMBA, G. (2008). Memórias de plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

PHILLIPS, A. Foreword. In: BOLLAS, C.; JEMSTEDT, A. The Christopher Bollas Reader. London: Routledge, 2011, p. VIII-XIX.

SANTOS, A. B. dos. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: Universidade de Brasília, 2015.

______. Perspectiva contracolonial. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bhdV4u8Dt20&t>. Acesso em: 12 mar. 2022

Publicado
01-08-2022
Como Citar
PITLIUK, L. Christopher Bollas. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 44, n. 46, p. 55-75, 1 ago. 2022.