Thoughts on good enough care in the early infancy

some reflections

  • Solange Frid Patricio Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ)
  • Maria Cecília de Souza Minayo Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Keywords: Good enough care, Infancy, Professional-baby relationship

Abstract

This theoretical-conceptual paper aims at reflecting and putting into analysis the ways of care and the infancy as an invention. So, in a first moment we identify the practices based on rational or logical experiences which understand such acts as technical, universal and standardized. In a second moment we present practices that acknowledge the subjective experience of the infant in interactive exchanges. This relatively recent perspective sees the infant as a competent, interactive, affective being, able since birth to link to another human being. In the end we propose some thoughts in the light of theoretical paradigms that deconstruct rationalist conceptions that sometimes engender practical impasses in the relation caretaker-infant.

##submission.authorBiographies##

##submission.authorWithAffiliation##

Graduada em Psicologia e Filosofia, Psicanalista, Mestre em Psicologia Clínica PUC-Rio e especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea; Doutora em Saúde da Criança e da Mulher no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Pós-doutoranda em Saúde Pública ENSP /Fiocruz. Fundadora do Maternelle, núcleo de Estudo e Atenção à família e ao Profissional da Primeira Infância com particular ênfase na clínica da perinatalidade, parentalidade e primeira infância. Atua no campo da docência, da clínica psicanalítica, da saúde em Maternidade e da Educação em Creche com consultoria e educação continuada para profissionais da saúde e da educação. E-mail: solange.frid@gmail.com

##submission.authorWithAffiliation##

Mestre em Antropologia Social. Doutora em Saúde Pública. Pesquisadora titular da FIOCRUZ, pesquisadora 1A do CNPq, pesquisadora emérita da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

##submission.citations##

ALS, H. Toward synactive theory of development: promise for the assessment and support of infant individuality. Infant Mental Health Journal, 3(4), p. 229-243, 1982.

______. Newborn Individualized Developmental Care and Assessment Program (NIDCAP): new frontier for neonatal and perinatal medicine. Journal of Neonatal Perinatal Medicine 2, p. 135-147, 2009.

ARAGÃO, R. O. A importância da formação dos profissionais da primeira infância. In: WENDLAND, J. et al (Org.). Primeira infância: ideias e intervenções oportunas. Brasília: Senado Federal, Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz, 2012. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/536045>. Acesso em: 23 nov. 2019.

ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução de D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978.

ATLAN, H. O útero artificial. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

AULAGNIER, P. Nascimento de um corpo, origem de uma história. In: MCDOUGALL, J. et al. Corpo e história. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

BERMÚDEZ, J; MARCEL, A. The body and the self. Cambridge: MIT, 1995.

BINET, A.; SIMON, T. Testes para a medida do desenvolvimento da inteligência. São Paulo: Melhoramentos, 1929.

BION, W. Aprendendo com a experiência. Rio de Janeiro: Imago, 1971.

BORTOLETTO-DUNKER, A. C.; LORDELO, E. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 13, n. 1-4, 1993.

BOWLBY, J. Apego: a natureza do vínculo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1990, v. 1.

BRACONNIER, J. (Org.). Le bébé et les interactions précoces. Paris: PUF, 1998.

BRASIL. Congresso Nacional. Senado Federal. Projeto de Lei n. 227, de 2004. Altera o art. 128 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, para não punir a prática do aborto realizado por médico em caso de anencefalia fetal. Autoria: Mozarildo Cavalcanti. Diário do Senado Federal, Brasília, DF, p. 25640-25641, 12 ago. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru: manual técnico. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_recem_nascido_canguru.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2019.

BRAZELTON, T. B.; CRAMER, B. G. As primeiras relações. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

CHAZAN, L. K. “Meio quilo de gente”: um estudo antropológico sobre ultra-som obstétrico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA - Brasília. Anencefalia e o STF. Brasília: Letras Livres, 2004.

DAVID, M.; APPELL, G. Loczy ou le maternage insolite. C.E.M.E.A. Paris: Editions de Scarabée, 1996.

______. Soins maternels, soins professionnels. In: APPELL, G.; TARDOS, A. (Org.). Prendre soin d’un jeune enfant. Ramonville Saint-Agne: Ed. Érès, 1998.

DINIZ, D. Quem autoriza o aborto seletivo no Brasil? Médicos, juízes e promotores em cena. In: GROSSI, M.; PORTO, R.; TAMANINI, M. (Org.). Novas tecnologias reprodutivas conceptivas: questões e desafios. Brasília: Letras Livres, 2003. p. 139-154.

FALK, J. (Org.). Educar os três primeiros anos: a experiência de Lòczy. Tradução de Suely Amaral Mello. Araraquara: JM Editora, 2004.

FERRARI, P. F. et al. Mirror neurons responding to the observation of ingestive and communicative mouth actions in the monkey ventral premotor cortex. European Journal of Neuroscience, 17, p. 1703-1714, 2003.

FIELD, T. M. et al. Mother-stranger face discrimination by the newborn. Infant Behavior and Development, v. 7, p. 19-25, 1984.

FIGUEIREDO, L. C. A metapsicologia do cuidado. Psyché, São Paulo, ano 11, n. 21, p. 13-30, 2007.

FRANCISCO, R.; PINTO, J. C.; PINTO, H. R. Família e psicologia: contributos de investigação e intervenção. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2016.

GESELL, A. L. A criança dos 0 aos 5 anos. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

GOLSE, B.; DESJARDINS, V. Corpo, formas, movimentos e ritmo como precursores da emergência da intersubjetividade e da palavra no bebê. Journal de Psychanalyse de l’Enfant, n. 35, 2004.

______. Sobre a psicoterapia pais-bebê: narratividade, filiação e transmissão. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

GREEN, A. Narcisismo de vida, narcisismo de morte. São Paulo: Editora Escuta, 1988.

GUERRA, V. Defesa do desamor por parte da educadora. Trabalho apresentado na VIII Semana do Bebê, Canela, RS, [2000?].

HARLOW, H. F. Behavior of nonhuman primates: modern research trends. New York: Academic, 1965.

JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para uma civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC Rio, 2006.

JOBIM e SOUZA, S. Re-significando a psicologia do desenvolvimento: uma contribuição crítica à pesquisa da infância. In: KRAMER, S.; LEITE, M. I. (Org.).

Infância: fios e desafios da pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 1996.

KLAUS, M.; KLAUS, P. O surpreendente recém-nascido. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

LATOUR, B. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo, UNESP, 2000.

______. Changer de societé. Refaire de La sociologie. Paris: La Découverte, 2006.

______. Reensamblar lo social: una introducción a la teoría del actor-red. Buenos Aires: Manantial, 2008.

LOPARIC, Z. Esboço do Paradigma Winnicottiano. Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 11, n. 2, p. 7-58, jul.-dez. 2001.

MAGNO, M. D. Neurônios-espelho: o revirão no cérebro. v. 1, n. 1, jun. 2007. Disponível em: .

MASI, W. S.; SCOTT, K. G. Preterm and fullterm infants visual responses to mother’s and stranger’s faces. In: FIELD, T.; SOSTEK, A. (Ed.). Infant Born at Risk, cap. 8, p. 173-179, 1983.

MELO, J. Aborto na imprensa brasileira. In: OLIVEIRA, M. C.; ROCHA, M. I. B. (Org.). Saúde reprodutiva na esfera pública e política na América Latina. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. p. 263-277.

PERELSON, S. Psicanálise e medicina reprodutiva: possíveis colaborações e indesejáveis armadilhas. Psicologia USP, São Paulo, 24(2), p. 241-262, 2013.

PIONTELLI, A. De feto a criança: um estudo observacional e psicanalítico. Rio de Janeiro: Imago, 1995.

ROCHAT, P. Perceived self in infancy. Infant, behavior and development, Atlanta, Emory University, n. 23, p. 513-530, 2001.

SEIDL DE MOURA, M. L.; NOGUEIRA, S. E. Intersubjetividade: perspectivas teóricas e implicações para o desenvolvimento infantil inicial. Rev. bras. Crescimento desenvolv. hum., São Paulo, v. 17, n. 2, ago. 2007.

SILVA, N. L. P.; DESSEN, M. A. Intervenção precoce e família: contribuições do modelo bioecológico de Bronfenbrenner. In: DESSEN, M. A.; COSTA JUNIOR, A. L. A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras. Porto Alegre: Artmed, 2005.

SILVA, R. N. M. Intervenção no período neonatal: berçário e UTI neonatal. In: Novo manual de follow-up do RN de alto risco. Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, 1995.

SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

SPITZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1979.

STERN, D. O mundo interpessoal do bebê: uma visão a partir da psicanálise e da psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

______. The motherhood constellation. A unified view of parent-infant psychoterapy. USA: Basic Books, New York, 1995.

______. The present moment in psychotherapy and everyday life. New York: W.W. Norton, 2004.

THOMAN, E. B. Changing Views of the Being and Becoming of Infants. In: THOMAN, E. (Ed.). Origins of the Infant Social Responsiveness. New York: John

Wiley Sons, 1979. Cap. 17, p. 445-459.

TREVARTHEN, C. Intrinsic motives for companionship in understanding: their origin, development, and significance for infant mental health. Infant Mental Health Journal, v. 22, p. 95-133, 2001.

TRONICK, E. et al. Infant emotions in normal and pertubated interactions. Paper presented at the biennial meeting of the Society for Research in Child Development. Denver, CO, 1975 April.

VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas, tomo III. Madri: Visor, 1995.

VINCZE, M. Relación maternal – relación Professional. In: FEDER, A. (Org.). Lóczy, un nuevo paradigma?: el instituto pikler es un espejo de multiples facetas. Cuyo: Universidad Nacional de Cuyo, 2006.

ZORNIG, S. Reflexões sobre uma ética do cuidado na Primeira Infância. PrimórdiosCPRJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 15-26, 2010.

WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Nova Alexandria, 1995.

______. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

WINNICOTT, D. W. A experiência mãe-bebê de mutualidade. In: WINNICOTT, C.; SHEPHERD, R.; DAVIS, M. (Org.). Explorações psicanalíticas: D. W. Winnicott. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. p. 195-202.

______. Provisão para a criança na saúde e na crise. In: ______. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990. p. 62-69.

______. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

______. Preocupação materna primária. In: ______. Textos selecionados: da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. p. 491-498.

______. Natureza humana. Rio de Janeiro: Imago, 1990.

______. Os bebês e suas mães. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Published
30-11-2020
##submission.howToCite##
PATRICIO, S.; MINAYO, M. Thoughts on good enough care in the early infancy. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 42, n. 43, p. 265-284, 30 nov. 2020.