Os Tempos em análise (Ideias a partir da psicanálise e da prática psicanalítica)
Resumo
A noção de heterocronia proposta por André Green para falar do tempo em psicanálise é retomada, discutida e ampliada nesta breve comunicação. Nosso principal objetivo, contudo, será o de aprofundar sua compreensão nas temporalidades incidentes nas práticas psicanalíticas, nas escutas e intervenções analíticas em uma sessão; para tanto recorreremos a ideias do psicanalista Wilfred R. Bion, em especial as expressas no seu livro Attention and Interpretation. Alguns filósofos contemporâneos nos acompanharão a uma certa distância ao longo do percurso. Mas nossas fontes serão sempre teorias e práticas da psicanálise.
Referências
BION, W. R. Attention and interpretation. A scientifc approach to insight in psychoanalysis and groups. London: Tavistock, 1971.
FIGUEIREDO, L. C. et al. Adoecimentos psíquicos e estratégias de cura. São Paulo: Blucher, 2018.
FREUD, S. “Carta de 6 de dezembro de 1896, Carta 52”. In: MASSON, J. M. (Org.) A correspondência completa de Sigmund Freud para Wilhelm Fliess (1887- 1904). Rio de Janeiro: Imago, 1985.
GADAMER, H. Verdade e método. Traços fundamentais da hermenêutica filosófica. Petrópolis: Ed. Vozes, 1986.
GREEN, A. Le temps éclaté. Paris: Editions de Minuit, 2002.
______. Time in psychoanalysis. Some contradictory aspects. New York: Free Association, 2002a.
HEIDEGGER, M. Le principe de raison. Paris: Gallimard, 1957.
______. “Sérénité”. Questions IV. Paris: Gallimard, 1959.
Copyright (c) 2019 Cadernos de Psicanálise (CPRJ)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.