O que o bebê transmite aos adultos

(O conceito de transmissão psíquica ascendente)

  • Bernard Golse Associação Psicanalítica da França, Paris, França
Palavras-chave: Sintonia afetiva, Apego, Identificações projetivas, Transmissão intergeracional

Resumo

Depois de algumas observações acerca da transmissão psíquica descendente (trans e intergeracional), o autor passa a considerar os diferentes modelos disponíveis na atualidade para dar conta de uma dinâmica de transmissão ascendente, ou seja, do bebê em direção aos adultos que cuidam dele (as identificações projetivas de W. R. Bion, a teoria do apego e os mecanismos da sintonia afetiva).

Biografia do Autor

Bernard Golse, Associação Psicanalítica da França, Paris, França

Psiquiatra da infância e da adolescência. Psicanalista, membro da Associação Psicanalítica da França. Chefe do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Hospital Necker--Enfants Malades (Paris). Professor Emérito de Psiquiatria da infância e da adolescência da Universidade René Descartes (Paris 5). Ex-Membro do Conselho Superior de Adoção (CSA). Ex-Presidente do Conselho Nacional para o Acesso aos Dados Pessoais de Filiação (CNAOP). Presidente da Associação Pikler Loczy-France. Presidente da Associação para a Formação em Psicoterapia Psicanalítica da Criança e do Adolescente (AFPPEA). Presidente da Associação Europeia de Psicopatologia da Criança e do Adolescente (AEPEA). Presidente da Coordenação Internacional entre Psicoterapeutas Psicanalistas que cuidam de pessoas com Autismo (CIPPA). Paris.

Referências

ABRAHAM, N.; TOROK, M. Introjecter-incorporer. Deuil ou mélancolie. Nouvelle Revue de Psychanalyse, 6, p. 111-122, 1972.

______. L’écorce et le noyau. Paris: Aubier-Montaigne, 1978.

ALVAREZ, L.; GOLSE, B. La psychiatrie du bébé. Paris: P.U.F., 2013. (Col. Que sais-je?).

BION, W. R. (1962). Aux sources de l’expérience. Paris: P.U.F., 1979. (Col. Bibliothèque de Psychanalyse).

______. (1963). Éléments de psychanalyse. Paris P.U.F., 1979. (Col. Bibliothèque de Psychanalyse).

______. (1965). Transformations – Passage de l’apprentissage à la croissance. Paris: P.U.F., 1982. (Col. Bibliothèque de Psychanalyse).

______. (1970). L’attention et l’interprétation - Approche scientifique de la compréhension intuitive en psychanalyse et dans les groups. Paris: Payot, 1974. (Col. Science de l’Homme).

BOWLBY, J. (1978). Attachement et perte, volume 3. Paris: P.U.F., 1984. (Col. Le fil rouge).

BRETHERTON, I. Communication patterns – Internal working models and the intergenerational transmission of attachment relationships. Infant Mental Health Journal, 11, 3, p. 237-252, 1990.

CRAMER, B.; PALACIO-ESPASA, F. Les bébés font-ils un transfert? Réponse à Serge Lebovici. La Psychiatrie de l’enfant, XXXVII, 2, p. 429-441, 1994.

DAVID, M.; APPELL, G. (1973). Lóczy ou le maternage insolite. C.E.M.E.A., Paris: Éditions du Scarabée, 1996.

______. Lóczy ou le maternage insolite. Prefácio de B. GOLSE e pósfácio de G. APPELL. Ramonville Saint-Agne: Erès, 2008. (Col. 1001 BB – Bébés au quotidien).

GOLSE, B. L’Être-bébé (Les questions du bébé à la théorie de l’attachement, à la psychanalyse et à la phenomenology). Paris: P.U.F., 2006. (Col. Le fil rouge).

HINSHELWOOD, R. D. Identification projective. In: Dictionnaire International de la Psychanalyse: notions, biographies, œuvres, évènements, institutions. Paris: Calmann-Lévy, 2002.

KLEIN, M. (1952). Quelques conclusions théoriques au sujet de la vie émotionnelle des bébés. 3. ed. In: KLEIN, M.; HEIMANN, P.; ISAACS, S.; RIVIERE, J. Développements de la psychanalyse. Paris: P.U.F., 1976. p. 187-222. (Col. Bibliothèque de Psychanalyse).

LAPLANCHE, J. Notes sur l’après-coup”. In: ______. Entre séduction et inspiration: l’homme. Paris: P.U.F., 1999. p. 57-66. (Col. Quadrige).

______. Entretien avec Jean Laplanche. (realizada por Alain Braconnier). Le CarnetPSY, 70, p. 26-33, 2002.

______. À partir de la situation anthropologique fondamentale. (Conferência de Jean Laplanche na SPP em 20 de novembro de 2000. Debatedor A. Green). In: Penser les limites - Écrits en l’honneur d’André́ Green (sous la direction de C. Botella) Delachaux & Niestlé. Neuchâtel, 2002. p. 280-287. (Col. Champs psychanalytiques).

LEBOVICI, S.; STOLERU, S. Le nourrisson, sa mère et le psychanalyste: les interactions précoces. Paris: Le Centurion ,1983. (Col. Paidos).

LEBOVICI, S. En l’homme, le bébé. Paris: Flammarion, 1994a. (Col. Champs).

______. La pratique des psychothérapies mères-bébés. Par Bertrand Cramer & Francisco Palacio-Espasa. La Psychiatrie de l’enfant, XXXVII, 2, p. 415-427, 1994b.

______. L’arbre de vie. In: L’arbre de vie – Eléments de la psychopathologie du bébé (Obra coletiva). Ramonville Saint-Agne: Erès, 1998. p. 107-130.

RICOEUR, P. Soi-même comme un autre. Paris: Le seuil, 1990.

STERN, D. N. Le monde interpersonnel du nourrisson – Une perspective psychanalytique et développementale. Paris: P.U.F., 1989. (Col. Le fil rouge)

______. Journal d’un bébé. Paris: Calmann-Lévy, 1992.

TISSERON, S. Tintin chez le psychanalyste. Paris: Aubier-Archimbaud, 1985.

Publicado
05-12-2019
Como Citar
GOLSE, B. O que o bebê transmite aos adultos. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 41, n. 41, p. 11-20, 5 dez. 2019.
Seção
Artigos Temáticos