Continuidade e descontinuidade no processo de subjetivação do bebê
Resumo
Regina Aragão e Silvia Zornig nos convidam, com seu livro Continuidade e descontinuidade no processo de subjetivação do bebê, para os embalos rítmicos de 13 textos absolutamente pertinentes ao tema proposto. Densos em suas abordagens e criteriosamente encadeados, os capítulos se desdobram em 4 partes harmoniosamente entrelaçadas.
Centrado no conhecimento sobre o bebê, o livro traz à baila uma temática bastante atual para a psicanálise: os processos arcaicos de subjetivação e suas diversas implicações que – é importante demarcar – não se restringem à primeira infância, dadas as reflexões que instigam. Estas abrangem a permanência e continuidade dos cuidados do bebê pela família, por profissionais de saúde e da educação, associados à constituição do sentimento de si e de continuidade do existir e, portanto, também aos processos de simbolização, assim como ao campo teórico e clínico da psicanálise.
De fato, o livro proporciona ao leitor a possibilidade de entrever o percurso do bebê em relação à continuidade e descontinuidade dos cuidados, desde os processos iniciais de subjetivação. Os capítulos partem dos primórdios, passam pelas experiências na família e seguem para além desta, problematizando, a seguir, o cuidado em contexto de sofrimento psíquico, como transtornos de subjetivação arcaica, adoecimento crônico com demanda de internação prolongada e mesmo óbito perinatal. E sem perder o ritmo!
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