A função do consumo na constituição do sujeito e sua relação com as compulsões
de Freud à atualidade
Resumo
O presente artigo evidencia a função do consumo na constituição do sujeito, para pensar as compulsões contemporâneas. Partindo de Freud e dos avanços de Lacan, demonstra-se, de início, a relação entre consumo, identificação e ideal do eu. Posteriormente, destacamos algumas formas de compulsão em Freud, demonstrando a intrínseca relação destas com o ideal do eu. Hoje, a evanescência dos ideais e a falência dos modelos identificatórios promovem um empuxo ao consumo do objeto real, na forma da compulsão às drogas, aos alimentos, às compras, ao corpo, etc. Se, antes o supereu massacrava o eu em função do ideal, hoje, aquele se dirige ao objeto real. Com efeito, quanto mais o sujeito tenta consumir o objeto real, mais o supereu o exige.
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