Atravessamentos Históricos

uma reflexão sobre o contexto sociopolítico brasileiro na contemporaneidade

  • Marcela Diniz Dumas Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro - CPRJ, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-chave: Política, Comportamento, Contemporaneidade, Psicanálise

Resumo

É possível verificar que, ao longo da história, algumas transformações socioculturais e econômicas se deram alterando substancialmente o nosso olhar sobre o mundo e as relações. É possível perceber uma ação imbricada neste processo ao se notar que o ser humano é o autor dessas mudanças, ao mesmo tempo em que padece de tal cenário. A passagem da modernidade para a pós-modernidade pode ser um dos exemplos desse panorama de variações. O presente estudo tem como objetivo realizar um breve passeio histórico em torno dessas mudanças com fins de aclarar suas possíveis influências no comportamento de muitos brasileiros e brasileiras hoje, assim como de elucidar a produção do atual cenário sociopolítico que se desenvolveu a partir daí.

Biografia do Autor

Marcela Diniz Dumas, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro - CPRJ, Rio de Janeiro, RJ

Psicóloga. Especialista em Psicanálise Infantil. Psicoterapeuta de Casais e Famílias. Especialista em Neurociências Aplicadas à Aprendizagem. Membro associado ao Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro - CPRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Referências

ANTUNES, R. Empreendedorismo é mito em país que não cria trabalho digno. UOL, São Paulo, 2019. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2019/09/14/entrevista-sociologo-ricardo-antunes-trabalho-emprego-empreendedorismo.htm>. Acesso em: 10 fev. 2021.

BIRMAN, J. O sujeito na contemporaneidade: espaço, dor e desalento na atualidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

______. Arquivos do mal-estar e da resistência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

______. Psicanálise e filosofia política na contemporaneidade: sobre as categorias de povo, de populismo e de identidade na atualidade. In: HOFFMANN, C.; BIRMAN, J. Psicanálise e polícia: uma nova leitura do populismo. São Paulo: Instituto Langage/ Université Paris Diderot, 2018. p. 21-49.

CALLIGARIS, C. A sedução totalitária. In: ______. O laço social, sua produção e a psicanálise. Porto Alegre: Cooperativa Cultural Jacques Lacan, 1986.

DRAWIN, C.; MOREIRA, J. A Verleugnung em Freud: análise textual e considerações hermenêuticas. Revista Psicologia USP, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 87-95, 2018.

FIGUEIREDO, L. C. Elementos para a clínica contemporânea. São Paulo: Escuta, 2018.

FORBES, J. Existe futuro para a psicanálise. Democracia na Teia, 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f_gJW5tGIXE&t=34s>. Acesso em: 10 fev. 2021.

FORTES, I. A dor psíquica. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2012.

FREUD, S. (1921). Psicologia das massas e análise do eu. Rio de Janeiro: Delta, 2016. (Obras completas, 9).

______. (1927). O futuro de uma ilusão. Rio de Janeiro: Delta, 2016. (Obras completas, 10).

______. (1927). O fetichismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. (Obras completas, 21).

______. (1930). O mal estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Obras Completas, 21).

______. (1914). Sobre o narcisismo: uma introdução. Rio de Janeiro: Imago, 1980. (Obras Completas, 14).

HOFFMANN, C.; BIRMAN, J. Psicanálise e polícia: uma nova leitura do populismo. São Paulo: Instituto Langage/Université Paris Diderot, 2018.

KEHL, M. R. Civilização partida. Artepensamento IMS, 2004. Disponível em: <https://artepensamento.com.br/item/civilizacao-partida/>. Acesso em: 10 fev. 2021.

______. O perverso não aceita restrições ao seu gozo: Maria Ria Kehl analisa o negacionismo. Carta Capital, 2021. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/entrevistas/o-perverso-nao-aceita-restricoes-ao-seu-gozo-maria-rita-kehl-analisa-o-negacionismo/>. Acesso em: 12 mar. 2021.

LACAN, J. (1953). Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

LAGO, I. O Jair que há em nós. Blog Ivann Lago, 2020. Disponível em: <https://ivannlago.blogspot.com/2020/02/o-jair-que-ha-em-nos.html>. Acesso em: 10 fev. 2021.

MERLIN, N. Do culto ao eu à passividade social. Outras Palavras, 2021. Disponível em: https://outraspalavras.net/trabalhoeprecariado/do-culto-ao-eu-a-passividadesocial/>. Acesso em: 10 fev. 2021.

NEVES, D.; SOUSA, R. Revolução Industrial. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial%20foi%20o,processo%20de%20

forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20capitalismo>. Acesso em: 12 mar. 2021.

NEVES, D. Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm>. Acesso em: 12 mar. 2021.

QUINTELLA, R. As funções do pai: pensando a questão da autoridade na constituição do sujeito contemporâneo a partir de um estudo psicanalítico do ideal do eu. Revista Subjetividades, Fortaleza, v. 14, n. 2, 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692014000200011>. Acessado em: 10 fev. 2021.

SANCTIS, A.; SILVA REIS, L. A destruição como uma política do espírito. Revista quatro cinco um, São Paulo: Ed. UNICAMP, 2021. Disponível em: <https://www.quatrocincoum.com.br/br/resenhas/laut/a-destruicao-como-uma-politica-do-espirito>. Acesso em: 12 mar. 2021.

TEITELBAUM, B. R. Guerra pela eternidade: o retorno do tradicionalismo e a ascensão da direita populista. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2020.

WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

Publicado
07-08-2023
Como Citar
DUMAS, M. Atravessamentos Históricos. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 45, n. 48, p. 65-87, 7 ago. 2023.