A cada ano, a Comissão de Formação Permanente do CPRJ escolhe um tema que irá nortear nossas reflexões e inspirar nossos encontros. Esta escolha busca contemplar questões e impasses em evidência na cultura e no dia a dia da clínica psicanalítica e que demandem maior aprofundamento, outras abordagens e novas articulações teóricas e clínicas. Dentro desta perspectiva, todas as mesas-redondas e conferências que acontecem no ano, bem como os Cadernos de Psicanálise do CPRJ são dedicados ao tema escolhido naquele ano.
TEMA DO ANO 2025:
Sobre a transitoriedade: fragilidades e aberturas
Cadernos de Psicanálise (CPRJ)
“Apenas a matéria vida era tão fina”:
Traumatismo da ordem vital e princípio da realidade
v.46, n.51 jul./dez. 2024
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Psicanálise e Cinema
O Desamor às Diferenças: Múltiplas Faces da Intolerância
n.10 2023
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Primórdios
Clínica pais-bebê: histórico, conceitos
e modalidades de abordagem
v.10 n.10 2024
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Cadernos de Psicanálise (CPRJ)
“Apenas a matéria vida era tão fina”:
Traumatismo da ordem vital e princípio da realidade
v.46, n.50 jan./jun. 2024
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Conversando com Amigos da Psicanálise
Homenagem a um psicanalista de destaque no cenário da psicanálise brasileira: Hélio Pellegrino
n.1 2024
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A cada mês, as inscrições (via whatsapp 21 99245-2752) permanecerão abertas enquanto houver vagas disponíveis. Só atendemos pessoas da região metropolitana do Rio de Janeiro. Vagas reduzidas.
Obs: Nossos atendimentos não são gratuitos.
Psicanalistas membros efetivos e associados em formação oferecem atendimento individual para adultos e adolescentes, e atendimento em grupo para mulheres. Não realizamos atendimentos de emergência.
Horário de atendimento: De segunda à sexta-feira, das 10h às 16h.
(21) 99245-2752 (Whatsapp) para agendamento da entrevista de triagem.
CONVITE PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS
CADERNOS DE PSICANÁLISE (CPRJ)
Neste ano de 2025, o tema de trabalho do CPRJ é:
Sobre a transitoriedade: fragilidades e aberturas
“O que era isso, que a desordem da vida
podia sempre mais do que a gente?”
João Guimarães Rosa
Há algo de profundamente revelador no modo como Freud, em meio aos escombros da Primeira Guerra, voltou seu olhar para a natureza transitória da beleza e da existência. Em seu texto de 1915 Sobre a transitoriedade, esta emerge não apenas como conceito, mas como uma espécie de cristal através do qual a luz do tempo se decompõe em seus múltiplos matizes: criação e dissolução, florescimento e declínio, nascimento e morte. Um século depois, esse mesmo cristal continua a refletir, com ainda maior intensidade, as inquietações e potências de nossa época.
Vivemos tempos em que o transitório deixou de ser apenas uma qualidade das coisas para se tornar a própria textura da realidade, parecendo constituir o tecido de nossa existência. A experiência da transitoriedade é hoje intensificada por dinâmicas de aceleração e fragmentação que são, simultaneamente, fonte de precariedade e abertura para novas possibilidades. Por um lado, objetos, experiências e relações parecem efêmeros, provisórios ou descartáveis; por outro, observamos o surgimento de formas inéditas de existência e conexão.
Nas telas que multiplicam nossa experiência, o mundo se desdobra em camadas sobrepostas de realidade e simulação. O digital, mais do que ferramenta, tornou-se ambiente de criação e reinvenção contínua. A própria instabilidade deste cenário, embora causa de ansiedade e insegurança subjetiva, tem gerado respostas criativas: comunidades virtuais reinventam formas de solidariedade, artistas transformam a efemeridade em matéria-prima estética, e movimentos sociais aproveitam a fluidez das redes para articular resistências e transformações.
O corpo, antes âncora de identidade, torna-se território de experimentação e metamorfose. Entre pixels e células, nossa materialidade se revela tão maleável quanto nossos sonhos. Esta plasticidade, embora por vezes angustiante, também possibilita reconfigurações libertadoras: corpos dissidentes afirmam sua existência, tecnologias são apropriadas para fins emancipatórios, e novas formas de presença e afeto emergem no entrelaçamento entre virtual e físico.
Esse cenário em transformação é repleto de desafios para a psicanálise. Como pensar a interioridade em uma era de visibilidade contínua? Como criar espaços de pausa e profundidade em uma cultura de aceleração temporal? Como operar com a ideia de conflito quando o esgotamento substitui a repressão como fonte principal do sofrimento? Como lidar com a resistência crescente à negatividade e à frustração? Essas são algumas das questões que nos convidam a um exercício de reinvenção e a uma resistência ativa à lógica do desempenho incessante, sem perder de vista o potencial criativo presente nas transformações contemporâneas.
Para a psicanálise, trata-se de sustentar espaços onde as múltiplas vozes de nossa realidade possam encontrar ressonância. Um fazer clínico e teórico que, reconhecendo a transitoriedade como condição fundamental, acolha tanto a precariedade quanto a potência transformadora de nosso tempo. Em um mundo onde tudo parece reduzido ao instantâneo, a psicanálise é convocada a preservar e reinventar espaços de profundidade, nos quais o tempo da elaboração e do encontro ainda seja possível, e as sementes das mudanças possam germinar em solo fértil.
Artigos temáticos podem ser submetidos pela plataforma até dia 30 de maio de 2025 para o lançamento do primeiro número de agosto e até dia 30 de agosto para o lançamento do segundo número em novembro:
https://www.cprj.com.br/ojs_cprj/index.php/cprj/about/submissions
Artigos não temáticos são recebidos de modo contínuo.
As instruções aos autores encontram-se em:
https://www.cprj.com.br/ojs_cprj/index.php/cprj/normas
Equipe Editorial
Maria Theresa da Costa Barros, Carla Penna, Regina Orth de Aragão e Henrique Sobreira
CONVITE PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS
CONVERSANDO COM AMIGOS DA PSICANÁLISE
Nesse ano de 2025, vamos lançar, em 09 de agosto, a revista: Conversando com Amigos da Psicanálise n. 2, e a Psicanalista Homenageada de Destaque no Cenário da Psicanálise Brasileira será Neusa Santos Souza.
Neusa Santos Souza foi pioneira em relacionar a Psicanálise e a Questão do Racismo Estrutural, ao publicar Tornar-se negro (1983), em suas palavras:
“Este livro representa meu anseio e tentativa de elaborar um gênero de conhecimento que viabilize a construção de um discurso do negro sobre o negro, no que tange à sua emocionalidade. Ele é um olhar que se volta em direção à experiência de se ser negro numa sociedade branca. De classe e ideologia dominantes brancas. De estética e comportamentos brancos. De exigências e expectativas brancas. Esse olhar se detém, particularmente, sobre a experiência emocional do negro que, vivendo nessa sociedade, responde positivamente ao apelo da ascensão, o que implica a decisiva conquista de valores, status e prerrogativas brancos”. (SOUZA, 1983, p. 45).
Neusa também é autora de diversos estudos sobre a loucura e psicose, tendo publicado A psicose: um estudo lacaniano (1991) e, com outros autores, a coletânea O objeto da angústia (2005).
Além da sessão de Artigos Temáticos homenageando, a cada novo número, um Psicanalista que tenha se destacado no cenário da Psicanálise Brasileira, temos também a sessão de Temas Livres sobre as conexões da Psicanálise seja com o campo da Política, das Artes em geral, como a Literatura, o Cinema, a Pintura, o Teatro, a Música ou as Ciências Sociais, como a Sociologia, a Antropologia, ou ainda sobre questões atuais e polêmicas relativas ao próprio exercício da Psicanálise e sua Clínica Contemporânea.
Os artigos Temáticos e os artigos de Temas Livres podem ser encaminhados para nossa Bibliotecária Ana Carla Teodoro: biblio@cprj.com.br até 30 de maio de 2025 para serem encaminhados para avaliação com vistas a publicação.
Normas para publicação de artigo e escritos:
A Comissão Editorial da Conversando com Amigos da Psicanálise convida assim a todos os interessados em publicar seus escritos, e, desde já agradece a importante colaboração em homenagem a Neusa Santos Souza, nossa Psicanalista homenageada no número 2 da revista Conversando com Amigos da Psicanálise.
Equipe Editorial
Maria Theresa da Costa Barros, Lenita Cavalcante e Marcela Diniz Dumas
Curso online, via Sympla. Abaixo o link para inscrição no curso e para mais informações:
Curso online, via Sympla. Abaixo o link para inscrição no curso e para mais informações:
https://www.sympla.com.br/evento-online/seminario-de-curta-duracao-luis-claudio-figueiredo/2807076







