Cursos, seminários e grupos – 2018
Segunda-feira | Terça-feira | Quarta-feira | Quinta-feira | Sexta-feira
Segunda-Feira
Grupo Clínico – Transtornos Alimentares e a Psicanálise
Coordenação: Dirce de Sá Freire
Horário: 11h30/13h
Início: março de 2018 (quinzenal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 10
Número mínimo de inscritos para dar início: 3
Requisitos: Estar em análise e ter interesse pelo tema e pela clínica dos transtornos alimentares.
Sinopse: O objetivo deste curso é refletir sobre a globalização de uma estética lipofóbica que traz sérias consequências corporais e sociais para a subjetividade do homem pós-moderno, contextualizando e definindo os transtornos alimentares. A proposta é fazer uma análise da atualidade, sob a marca registrada dos excessos, refletidos nas chamadas patologias atuais, revelando a grande dificuldade com a questão dos limites. Buscar entender o alimento como uma forma de afeto e o corpo como o primeiro limite. Os excessos aparentes nos corpos adoecidos pela anorexia, pela bulimia ou pela obesidade apontam para necessidade de uma clínica que privilegie o olhar – clínica do olhar -, buscando fazer frente ao vazio interno deixado pela falta de qualidade de presença na ausência, traduzindo-se em impossibilidade de constituição da ausência enquanto presença em potencial.
Introdução ao Estudo das Perversões
Coordenação: Rita Manso (1º semestre)
Horário: 19h/20h30
Início: 05/03/2018 (semanal)
Duração: 1º semestre – 16 aulas (05/03 à 30/06/2018)
Vagas: 20
Requisitos: Ter cursado Metapsicologia I e II, Teoria Pulsional I e II.
Sinopse: Até Freud, a perversão foi tratada como “loucura moral” uma vez que se desviava da finalidade comum da sexualidade humana que seria a reprodução. Contudo, a partir dos Três ensaios para uma teoria da sexualidade (1905), o criador da psicanálise demonstra que a própria sexualidade entendida como normal é perversa [faz um caminho de retorno sempre] e polimorfa [assume inúmeras formas], sendo sempre infantil no sentido de primitiva, arcaica, pulsional. A sexualidade não está a serviço da manutenção e preservação da espécie como se pensava até então, afastando-se do pensamento que impunha ao desejo um cunho naturalista. A perversão como estrutura clínica não é sinônimo de perversidade, que são atos praticados por sujeitos de qualquer estrutura. Como se sabe, o encaminhamento para uma estrutura ou outra é determinado pela passagem pelo Complexo de Édipo, em especial pelo mecanismo utilizado em relação ao complexo de castração. No caso da perversão, o mecanismo privilegiado é a Verleugnung, implicando no desmentido de sua divisão como sujeito. A castração, a falta, a incompletude está no Outro – a cultura, a lei – e não nele. Crendo na presença do falo materno, a perversão implica a monotonia do gozo fálico, sempre da mesma maneira. Veremos que a existência da ‘vítima’ é essencial para o gozo do sujeito na estrutura perversa. Neste breve curso introdutório, pretendemos destacar alguns textos freudianos, acompanhando o desenvolvimento epistemológico de suas descobertas sobre a perversão. Diante das notícias que temos tido na atualidade, dos crimes seriais ao retorno da escravidão no mundo, dos assassinatos de mulheres à venda de crianças para a extração de órgãos, constatamos que o tema é atualíssimo e urgente. Devemos, pois, estudar a contribuição da psicanálise para o entendimento do mal-estar do sujeito no campo da clínica e da cultura.
Grupo de Estudos de Winnicott
Coordenação: Edson Soares Lannes
Horário: 21h/22h30
Reinício: 19/03/2018 (1ª e 3ª segundas-feiras do mês)
Duração: Indeterminada
Vagas: No momento não há expectativa de vagas
Requisito: Interesse consistente no pensamento de Winnicott.
Sinopse: Continuaremos em 2018 a leitura reflexiva do livro “Nas Margens de Mundos Infinitos…: A Presença do Analista no Espaço Transicional em uma Perspectiva Contemporânea do Pensamento de Winnicott”.
Terça-Feira
Distúrbios Psíquicos em Winnicott I: as neuroses
Coordenação: Sergio Gomes
Horário: 10h/11h30
Início: 07/08/2018 (semanal)
Duração: 4 meses – 16 encontros (agosto 7, 14, 21 e 28; setembro 04, 11, 18 e 25; outubro 02, 09, 16, 23 e 30; novembro 06, 13 e 27)
Vagas: 25
Número mínimo de inscritos: 8
Requisitos: Conhecimento de teoria psicanalítica em Freud e Winnicott.
Sinopse: A partir da teoria do desenvolvimento emocional, Donald W. Winnicott desenvolveu uma nova compreensão nosológica e etiológica sobre os distúrbios psíquicos que se apresentavam na clínica psicanalítica. Os distúrbios psíquicos não são entidades constitucionais ou adquiridas, localizadas dentro do indivíduo, mas um distúrbio do desenvolvimento emocional relativo à dificuldade de existir e continuar existindo, resultantes de falhas ambientais graves. Portanto, não se constitui nem uma estrutura, nem uma doença no sentido de doença da mente, mas uma batalha humana pelo desenvolvimento para a adaptação e para a vida. Este curso, o primeiro de uma série, objetiva analisar a classificação dos distúrbios psíquicos e as origens das neuroses a partir das proposições teóricas de Donald W. Winnicott e seus comentadores.
A Teoria dos Afetos de Spinoza e a Clínica Winnicottiana
Coordenação: André Martins
Horário: 11h/12h30
Início:10/04/2018 (quinzenal)
Duração: até 26/06/2018
Vagas: Indefinido
Requisitos: Não há.
Sinopse: A ética, ou em particular a teoria dos afetos de Spinoza é, reconhecidamente, uma terapêutica, embora este, que é o mais contemporâneo de todos os filósofos passados e presentes, não tenha proposto uma clínica. Propõe não só uma reforma do intelecto, como compreensão e elaboração, como sobretudo uma transformação nos mecanismos psíquicos da imaginação, visando desconstruir as defesas psíquicas e reorganizar a afetividade resultante da associação de imagens. Segundo Spinoza, “o desejo é a essência do homem”. Freud, por sua vez, trouxe de Groddeck os conceitos de Isso e Eu, que este tomara de empréstimo precisamente de Spinoza e de Nietzsche. Em comum, Spinoza, Nietzsche, mas também Winnicott, partem de uma concepção inicial de um impulso vital, uma pulsão vital, uma vontade de potência, ou a própria potência de vida e transformação, o conatus. Quais as implicações dessa concepção na terapêutica e na clínica psicanalítica?
Programa:
8 aulas: dias 10 e 24 de abril; 08 e 22 de maio; 05 e 19 de junho; 03 e 17 de julho.
- Freud, Spinoza e Nietzsche: o ego e o id
- Elementos da teoria do conatus de Spinoza
- Elementos da teoria dos afetos de Spinoza
- Winnicott e sua crítica à pulsão de morte como causa
- O estatuto da mente em Winnicott e Spinoza
- “O id reforça o ego”: afetos passivos, inteligire e elaboração
- O sintoma como mau menor
- Questões clínicas
Oficina Clínica para Participantes da Clínica Social
Coordenação: Claudia Amorim Garcia
Horário: 11h30/13h
Início: 07/08/2018 (semanal)
Vagas: 8
Requisito: Análise pessoal, ter participado ou participar da Clínica Social do CPRJ nas turmas de 2014 e 2016 entrevista com a coordenadora.
Oficina Clínica I
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Horário: 14h/15h30
Início: 06/03/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: Sem vagas
Requisito: Conhecimento da Teoria Psicanalítica e Prática Clínica; inscrição na secretaria e contato telefônico com o coordenador.
Sinopse: A Oficina Clínica se destina aos profissionais que desejam discutir casos, questões e impasses na clínica.
Trauma e Transmissão em Psicanálise IV
Coordenação: Marylink Kupferberg
Horário: 14h/15h30
Reinício: 06/03/2018 (semanal)
Vagas: em aberto
Número mínimo de inscritos: 8
Sinopse: Nesse primeiro semestre daremos continuidade ao Módulo de Trauma e Transmissão em Psicanálise focalizando aspectos que se destacam na clínica contemporânea, resultante de uma incidência maior de vivências traumáticas relacionadas às sexualidades. O interesse despertado na clínica relativo aos problemas de gênero e suas consequências na cultura atual, causou a necessidade de retomar o estudo da constituição dos conceitos freudianos sobre a sexualidade, realizando a sua articulação com a leitura feita por Foucault do dispositivo da sexualidade e por Judith Butler, autora que articula suas reflexões sobre gênero à constituição do sujeito, gerando uma reflexão sobre o lugar do gênero na psicanálise desde a metapsicologia freudiana às novas formas de subjetivação. Vários pilares que sustentaram a sociedade moderna, tal como a família nuclear constituída pelas figuras do pai, da mãe e dos filhos, a identidade de gênero predominantemente heterossexual, o que frequentava a clínica psicanalítica atormentada pelos conflitos não é mais o que se apresenta na clínica hoje, dando ensejo à produção de novas questões para os psicanalistas em sua prática. A partir da leitura do artigo de Judith Butler “Foucault, Herculine e a política da descontinuidade sexual” no livro “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade” daremos início ao estudo das questões e impactos suscitados em debates quanto à exigência da coerência total entre um sexo, um gênero e um desejo obrigatoriamente heterossexuais, baseada na ideia de que a matriz heterossexual estaria assegurada por dois sexos fixos e coerentes, os quais se opõem como todas as oposições binárias do pensamento ocidental: macho x fêmea, homem x mulher, masculino x feminino, pênis x vagina etc.
A bibliografia será apresentada e discutida com o grupo antes de iniciarmos os seminários.
Quarta-Feira
Teoria da Técnica Psicanalítica I e II
Coordenação: Perla Klautau
Horário: 09h/10h30
Início: maio/2018 (semanal)
Vagas: 20
Duração: 1º e 2° semestre de 2018
Requisitos: ter cursado metapsicologia I e II, teoria pulsional I e II, histeria I e II, neurose obsessiva I e II.
Sinopse: O curso será dividido em três eixos:
1) Pré-condições para o estabelecimento da técnica psicanalítica
2) Estabelecimento da técnica psicanalítica
3) Desdobramentos e caminhos abertos a partir da virada de 1920
O primeiro eixo, coordenado por Perla Klautau, visa apresentar as origens do estabelecimento da técnica psicanalítica e discutir seu uso inicial. O segundo eixo, coordenado por Lia de Chermont Próchnik, se destina ao estudo dos escritos sobre a técnica, buscando trazer para a discussão casos que permitam articular a teoria à técnica com o intuito de compreender como uma justifica o funcionamento da outra. Seguindo essa direção, o terceiro eixo, coordenado por Perla Klautau, terá como objetivo principal articular a formulação do conceito de pulsão de morte e da segunda tópica com os últimos escritos de Freud sobre a técnica.
Casos Clínicos de Freud: Dora, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos
Coordenação: Perla Klautau
Horário: 10h30/12h
Início: 04/04/2018 (quinzenal)
Vagas: 10
Duração: Indeterminada
Requisitos: Contato por e-mail com a coordenadora.
Sinopse: A proposta desta atividade é discutir o fazer clínico utilizando como ponto de partida o estudo dos grandes casos atendidos por Freud. A leitura do caso Dora permite tanto um retorno às origens da psicanálise quanto a discussão de alguns conceitos e ferramentas clínicas que permeiam a prática psicanalítica atual, tais como: a formação dos sintomas, a sexualidade infantil, o uso da interpretação dos sonhos, a instauração do campo transferencial, a identificação e a escolha de objeto. A análise do homem dos ratos proporciona o acompanhamento do manejo de um caso de neurose obsessiva: os sintomas, a neurose infantil, o desejo, a culpa, o ódio e a dívida possibilitam a exploração do funcionamento do pensar e do agir obsessivo. O homem dos lobos é um caso que até hoje inquieta e provoca controvérsias em torno da multiplicidade de diagnósticos recebidos e da determinação do final de sua análise. Considerado como paradigmático e precursor do fazer clínico contemporâneo, este caso coloca o método psicanalítico em xeque e nos permite discutir os obstáculos impostos ao funcionamento da associação livre, da escuta flutuante e da interpretação.
Grupo de Estudo De Winnicott a Ferenczi
Carlos Augusto Belo
Teoria Pulsional I
Coordenação: Beth Müller
Horário: 10h30/12h
Início: 28/02/2018 (semanal)
Duração: até 04/07/2018
Sinopse: Leitura discutida e comentada dos textos freudianos relativos à sua elaboração da 1ª teoria pulsional.
Teoria Pulsional II
Coordenação: Beth Müller
Horário: 10h30/12h
Início: 01/08/2018 (semanal)
Duração: até 28/11/2018
Sinopse: Leitura discutida e comentada dos textos freudianos relativos à sua elaboração da 2ª teoria pulsional e suas consequências no âmbito da cultura.
Teoria da Cultura
Coordenação: Gilsa Tarré
Horário: 10h30/12h
Início: 07/03/2018 (semanal)
Número mínimo de inscritos: 8
Sinopse: Conforme entendemos, o singular da clínica só pode ser sustentado mediante um movimento constante que interrogue a posição do analista na cultura e sua abertura para compartilhar sua experiência com outros saberes. Neste sentido o módulo tem como objetivo abordar o impacto ético da descoberta freudiana do inconsciente como um verdadeiro ato subversivo que instaura uma clínica que não se limita apenas a uma modalidade terapêutica mas uma clínica que podemos chamar de “Clínica do mal-estar” que inaugura uma nova maneira de pensar o sujeito, a cultura e os fundamentos do político. Trata-se de um sujeito não-idêntico a si que carrega, desde o seu nascimento, as marcas da presença do Outro.
Acompanharemos o percurso freudiano através de leitura comentada de textos concernentes à relação conflitiva entre sujeito e cultura ressaltando a complexa trama teórica e clínica efetuada entre o artigo de 1908, “Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna” e seu trabalho capital de 1930, “O mal-estar na cultura”, quando já acompanhando da hipótese da pulsão de morte.
Psicanálise e Cultura
Coordenação: Carmen Da Poian
Horário: 12h/13h30
Início: 14/03/2018 (quinzenal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 4
Requisitos: Conhecimento das diversas correntes psicanalíticas e experiência clínica e entrevista com a coordenadora.
Sinopse: Partimos da ideia que a subjetividade tem a ver não só com a história individual, mas também com o tempo e com a cultura na qual está inserida. Por isto mesmo nossa reflexão amplia a teoria própria da psicanálise às questões históricas e sociais.
Metapsicologia I
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros e Gilberto Gomes
Horário: 12h/13h30
Início: 07/03/2018 (semanal)
Duração: 1 semestre
Vagas: 30
Número mínimo de inscritos para dar início: 8
Requisitos: Estar inscrito na Formação Psicanalítica do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro.
Sinopse: Estudo sistemático da metapsicologia de Freud, seguindo a ordem cronológica das principais obras em que Freud tratou do tema, visando propiciar aos participantes um conhecimento sólido dos principais conceitos e formulações da metapsicologia, que é instrumental necessário para o entendimento de toda a obra do autor. Embora informados por análises e desenvolvimentos de outros autores, buscaremos nos ater unicamente à apresentação e análise das obras de Freud, com a maior proximidade possível à letra de seus escritos. Este estudo, apesar de seu caráter introdutório, não se furtará ao enfrentamento dos pontos mais difíceis das obras, almejando facilitar aos participantes uma abertura a diferentes interpretações dos mesmos. Em Metapsicologia I serão abordados os textos da metapsicologia até O Inconsciente (1915).
Metapsicologia II
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros e Gilberto Gomes
Horário: 12h/13h30
Início: 01/08/2018 (semanal)
Duração: 1 semestre
Vagas: 30
Número mínimo de inscritos para dar início: 8
Requisitos: Estar inscrito na Formação Psicanalítica do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro.
Sinopse: Estudo sistemático da metapsicologia de Freud, seguindo a ordem cronológica das principais obras em que Freud tratou do tema, visando propiciar aos participantes um conhecimento sólido dos principais conceitos e formulações da metapsicologia, que é instrumental necessário para o entendimento de toda a obra do autor. Embora informados por análises e desenvolvimentos de outros autores, buscaremos nos ater unicamente à apresentação e análise das obras de Freud, com a maior proximidade possível à letra de seus escritos. Este estudo, apesar de seu caráter introdutório, não se furtará ao enfrentamento dos pontos mais difíceis das obras, almejando facilitar aos participantes uma abertura a diferentes interpretações dos mesmos. Em Metapsicologia II serão abordados os textos da metapsicologia de 1915/1917 a 1938.
Introdução ao Estudo das Perversões
Coordenação: Marylink Kupferberg (2º semestre)
Horário: 12h15/13h45
Início: Agosto
Duração: 1 semestre – 16 aulas
Vagas: 20
Requisitos: Ter cursado Metapsicologia I e II, Teoria Pulsional I e II.
Sinopse: O Termo perversão contém uma polissemia que dá margem a abordagens distintas. Uma investigação do conceito de perversão, nos diferentes momentos da construção teórica de Freud, tem por objetivo delimitar o campo das perversões no interior da lógica da teoria psicanalítica. O módulo, sob a forma de seminário, pretende acompanhar os textos de Freud a partir de sua primeira abordagem da Sexualidade, para em seguida percorrer essa temática desde a Sexualidade perverso polimorfa (1905) passando pela estrutura da fantasia (1919), ao conceito de fetichismo (1927) e suas consequências (1938/1940), pesquisando as diferentes etapas que constituem uma base para o estudo das perversões. O significado original do termo perversão – originário do Latim per vertio – por sua vez derivado de per vertere, define a “ação de perverter”. Remete à noção de “pôr de lado”, ou “pôr-se à parte”, “transformar em mal”, “depravação”, “corrupção”; perversão dos costumes, do gosto artístico. Fala-se de ato perverso, de conselho perverso, máquina perversa. Nesse contexto, qualquer conceito pode ser “pervertido”. Sejam os conceitos mais abstratos, como os de conservação, nutrição e reprodução, como os conceitos mais concretos. Pode-se dizer que uma versão moderna de uma obra clássica, por exemplo é uma perversão da história original. A palavra perversão aparece em Freud pela primeira vez nos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), ao apresentar a perversão como a permanência na vida adulta de características perverso–polimorfas, típicas da sexualidade pré-genital infantil, em detrimento da sexualidade genital considerada normal pelo senso comum nos quais o sentido apresentado é de aberração, inversão sexual. Aparece novamente em 1917 na “Conferência XXI: O desenvolvimento da libido e as organizações sexuais”; em – “A organização genital infantil: uma interpolação na teoria da sexualidade”; em 1924 “A Dissolução do Complexo de Édipo”. A partir de 1919 relaciona perversão e Édipo em Uma criança é espancada: Contribuição ao estudo da origem das perversões. A organização genital infantil: uma interpolação na teoria sexualidade (1923) e A dissolução do complexo de Édipo (1924). Porém nesses textos ainda não há uma indicação clara de um mecanismo específico que indique o caminho da perversão como uma estrutura. Só no texto Fetichismo de 1927, é que Freud propõe que a chave desta forma de perversão se encontra justamente em uma duplicidade de atitudes diante da castração da figura materna: reconhecimento e repúdio a um só tempo. Ora, isto só é possível à custa de um processo dissociativo que incide no eu. Portanto, veremos que não se trata de uma degeneração ou incapacidade constitucional de síntese, mas sim de um processo de defesa. A partir daí a recusa ou desmentido (Verleugnung) frente à castração se materializa e passa a ser entendida como uma defesa permanente que, associada à Cisão do Eu (Spaltung) (1924), se tornam os mecanismos de defesa que estruturam um quadro perverso. O percurso que faremos na obra freudiana é justamente o que vai da perversidade polimorfa à teoria da perversão.
Perspectivas Contemporâneas Sobre a Análise da Contratransferência
Coordenação: Octavio Almeida de Souza
Horário: 12h20/13h50
Início: 2º semestre de 2018 (quinzenal)
Duração: 1 semestre
Vagas: sem limite de vagas
Requisito: nenhum
Sinopse: O curso tem por objetivo estudar algumas abordagens teórico-clínicas da contratransferência, desde um ponto de vista histórico, até sua formulação contemporânea nos termos de uma concepção radical da intersubjetividade. Embora seja dada prioridade a autores inseridos de modo mais ou menos direto na tradição kleiniana, como Paula Heiman, Racker, Betty Joseph, os Baranger, Ogden ou Antonino Ferro, também serão abordados autores do campo gravitacional da psicanálise relacional americana, como Searles, Renick ou Greenberg.
Oficina Clínica II
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Horário: 11h30/13h
Reinício: 07/03/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada.
Vagas: 03
Requisito: Conhecimento da Teoria Psicanalítica e Prática Clínica; inscrição na secretaria e contato telefônico com o coordenador.
Sinopse: A Oficina Clínica se destina aos profissionais que desejam discutir casos, questões e impasses na clínica.
Quinta-Feira
Oficina Clínica para Membros Associados em Formação
Coordenação: Iêda Camões Bourgeaiseau
Horário: 10h30/12h
Início: 15/03/2018 (semanal)
Vagas: 8
Requisitos: Análise pessoal, estar fazendo a formação no CPRJ, ter iniciado a prática clínica e entrevista com a coordenadora.
Sinopse: Este grupo tem como objetivo a reflexão e discussão de situações da clínica, questões e impasses, a partir da apresentação de casos trazidos pelos participantes.
Estudos de Filosofia. Sujeito Contemporâneo. Impasses da Subjetivação
Coordenação: William Batista
Horário: 11h/12h30
Início: 08/03/2018 (quinzenal)
Duração: Indeterminada
Vagas: Em aberto
Requisito: Interesse pelo assunto
Sinopse: O curso trata das teorias do sujeito dos séculos XIX a XXI. Do sujeito da angústia de Kierkegaard ao sujeito incômodo de S. Zizek. Inclui ainda o sujeito do trabalho alienado de Marx; o sujeito nihilista de Nietzsche; o Dasein de Heidegger; o sujeito da liberdade de Sartre; o homem absurdo de Camus; o sujeito massificado da teoria crítica da Escola de Frankfurt; o antiédipo de Deleuze/Guattari; o sujeito assujeitado de M. Foucault.
Oficina Clínica: impasses na clínica contemporânea I
Coordenação: Ana Maria Furtado
Horário: 13h/14h30
Reinício: 22/02/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 01
Requisito: Experiência mínima de três anos de prática clínica, análise pessoal em andamento ou finalizada, entrevista com a coordenadora
Sinopse: Apresentam-se os casos clínicos e, a partir dos mesmos, são sugeridos e lidos artigos ou livros de diversos autores, que ilustrem e esclareçam as situações clínicas apresentadas. No ano de 2017, a autora que mais nos inspirou foi Marion Minerbo.
Grupo de Estudo: leitura comentada e discutida dos Seminários de J. Lacan
Coordenação: Beth Müller
Horário: 13h/14h30
Início: 22/02/2018
Duração: Indeterminada
Vagas: 4
Sinopse: No ano de 2017 iniciamos nossa aproximação com o “3º Lacan”, através da leitura comentada e discutida do Seminário XX: Mais ainda… . Para o próximo ano nossa proposta é retornar ao seminário XIX: …Ou Pior, associado ao texto L’étourdie (1973) para seguirmos em frente. Todos os interessados são bem-vindos.
Grupo de Estudo: a luta pelo reconhecimento em Axel Honneth
Coordenação: Danilo Marcondes de Souza Filho
Horário: 20h30/22h
Reinício: 01/03/2018 (mensal, sempre nas 4ª quintas-feiras do mês)
Duração: indeterminada
Vagas: 8
Sinopse: O grupo tem o objetivo de ler e discutir o livro A Luta pelo Reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais de Axel Honneth.
História da Produção Conceitual Psicanalítica
Horário: 20h30/22h (semanal)
Início: 05/04/2018
Programação e ementas:
- Freud I – (4 aulas) – dias: 05, 12, 19 e 26 de abril
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros
Ementa: Os começos da psicanálise estão ancorados na clínica da histeria e a descoberta da “talking cure” realizada pela famosa paciente de Breuer, Anna O. Freud, um jovem estudante de medicina e amigo de Breuer, constrói uma nova modalidade de clínica, a clínica da escuta, baseada nessa experiência originária. O edifício teórico da psicanálise será construído tendo como referência última a clínica psicanalítica, por isso os conceitos psicanalíticos estarão em permanente processo de construção e revisão, como podemos testemunhar a partir da primeira tópica e a formulação do conceito de inconsciente, e em “Introdução ao Narcisismo”, texto que marca a virada freudiana da primeira para segunda tópica.
- Freud II – (3 aulas) – dias: 03, 10 e 17 de maio
Coordenação: Gilberto Gomes
Ementa: A introdução da pulsão de morte no argumento freudiano. A ruptura entre Freud e Reich. A segunda teoria do aparelho psíquico e a polêmica acerca da compreensão do ego. O complexo de Édipo e a importância do conceito de identificação na construção subjetiva. Freud e a Cultura.
- Freud III – (3 aulas) – dias: dias: 24 de maio e 07 e 14 de junho
Coordenação: Claudia Amorim Garcia
Ementa: Embora Freud tenha escrito relativamente pouco a respeito da técnica psicanalítica, não se pode dizer que esta não tenha sido uma de suas constantes preocupações. Assim é que, já em 1895, no início de seu percurso como psicanalista, ele apresentou em seus Estudos sobre a Histeria uma descrição bastante pormenorizada do procedimento psicanalítico. No outro extremo, 1937, em Análise terminável e interminável e em Construções em análise, Freud mais uma vez discutia temas relacionados com a técnica psicanalítica. Entre esses dois momentos, ao longo de 40 anos, ele produziu recomendações sobre como iniciar, conduzir e terminar uma análise, deixando registrado como usou a sugestão e a interpretação; como descobriu e enfrentou as resistências; e como identificou e manejou a transferência. São tais recomendações que abordaremos em nossos encontros sobre a teoria da técnica psicanalítica.
- Ocular Quadrifocal Paul Bercherie – (2 aulas) – dias: dias: 21 e 28 de junho
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Ementa: Apresentação das principais escolas da psicanálise pós – freudianas de acordo com o mapeamento de Bercherie: a escola inglesa (Klein), a escola americana (Kohut), a escola francesa (Lacan) e a “nebulosa marginal” (Winnicott, Balint, Fairbairn, etc.)
- Ferenczi – (3 aulas) – dias: 16, 23 e 30 de agosto
Coordenação: Ana Lila Lejarraga
Ementa: Considerado por muitos anos um enfant terrible da psicanálise, Ferenczi tem sido resgatado na atualidade por ter sido um especialista em pacientes difíceis. Eminentemente clínico, Ferenczi subordinou sempre as inovações conceituais e técnicas à eficácia terapêutica. Suas experimentações clínicas – técnica ativa, princípio de relaxamento e neocatarse, análise mútua – o conduziram paulatinamente a construir uma teoria do trauma, em torno da qual se articularam seus principais conceitos: introjeção, autotomia, autoclivagem narcísica, desmentido. Escreve Granoff: “Se Freud inventou a psicanálise, Ferenczi fez a psicanálise. Mais ainda, ele fez a psicanálise enquanto pulsação viva”.
- Melanie Klein – (3 aulas) – dias: 13, 20 e 27 de setembro
Coordenação: Edson Lannes
Ementa: Meltzer, autor de uma trilogia sobre Freud, Klein e Bion, ao apresentar seu estudo sobre “Narrativa de uma análise infantil”, chamou a contribuição de Melanie Klein de “desenvolvimento” kleiniano. Ogden, outro pensador do movimento psicanalítico, disse que não podemos entender Klein sem entender Freud e, em um determinado sentido, ousou dizer que, talvez não possamos entender Freud completamente, sem entender Klein. Paradoxo ou não, vamos conversar um pouco sobre o pensamento desta mulher que teve mente e coração para ampliar o campo da Psicanálise.
- Winnicott – (3 aulas) – dias: 04, 18 e 25 de outubro
Coordenação: Neyza Prochet
Ementa: Considerado hoje um dos autores psicanalíticos mais discutidos, Winnicott nos deixou uma obra pouco sistematizada do ponto de vista teórico, mas de imensa riqueza clínica. Nestes três encontros serão apresentadas suas principais contribuições: seu modelo teórico-clínico para a compreensão do desenvolvimento psíquico do indivíduo humano; o paradoxo envolvido na ideia de espaço transicional; e a localização da experiência cultural. Como pano de fundo, a importância das noções de espontaneidade, criatividade, o Outro hospedeiro e sua imensa confiança na força para o crescimento.
- Lacan – (3 aulas) – dias: 8, 22 e 29 de novembro
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Ementa: Lacan, psicanalista francês, realizou em sua obra uma releitura original de Freud. Através dos três registros Real, Simbólico e Imaginário, Lacan explicita o campo psicanalítico. Percorreremos conceitos como estádio do espelho, esquema L, sujeito, Autre, metáfora paterna, identificação, desejo, angústia, afeto, gozo, objeto a. As estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão serão pensadas em relação à práxis lacaniana como uma ética do bem-dizer. Na clínica das suplências versaremos sobre o sinthoma, o nó borromeano, a letra e a escrita. E o impossível, o Real, campo próprio lacaniano, nos despertará através dos obstáculos das direções do mundo contemporâneo.
- Bion – (2 aulas) – dias: 6 e 13 de novembro
Coordenação: Carla Penna e Beatriz Chacur Biasotto Mano
Ementa: Bion iniciou seus trabalhos como psiquiatra na Segunda Guerra Mundial fazendo uma contribuição fundamental para a compreensão da psicodinâmica dos grupos humanos. Anos mais tarde desenvolveu um pensamento original que permitiu o avanço na compreensão da psicose e de pacientes borderline. Construiu uma teoria sofisticada apresentando conceitos como função alfa, elementos beta, objetos bizarros, continente e contido e reverie dentre outros. Suas ideias fizeram-no um dos autores mais profícuos da psicanálise garantindo-lhe, além de um lugar de destaque no pensamento psicanalítico, importantes e atuais seguidores.
Sexta-Feira
Oficina Clínica Para Iniciantes
Coordenação: Carlos Augusto Belo e Rita Mac Dowell Tourinho
Horário: 9h/10h30
Início: 02/03/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 02
Número de participantes: até 10
Requisitos: Entrevista com os coordenadores.
Sinopse: Temos como proposta, através de relatos de casos trazidos pelos participantes, construir um lugar de reflexão e elaboração sobre os impasses clínicos ali apresentados, oferecendo assim um espaço de trabalho onde se produza uma boa troca clínica entre os pares.
Seminário 6 de Lacan: o desejo e sua interpretação
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Horário: 9h/10h30
Início: 09/03/2018 (quinzenal)
Duração: 1 ano
Vagas: Em aberto
Requisito: Interesse em estudos lacanianos
Sinopse: Leitura do Seminário 6 de Lacan sobre a construção do grafo do desejo, percorrendo um sonho analisado por Ella Sharpe.
Seminário 11 de Lacan: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Horário: 9h/10h30
Início: 02/03/2018 (quinzenal)
Duração: 1 ano
Vagas: Em aberto
Requisito: Interesse em estudos lacanianos
Sinopse: Leitura e comentário sobre o Seminário 11, livro fundamental que marca um novo ensino de Lacan. Versaremos sobre o amor, libido, pulsão, alienação, separação, transferência.
Oficina Clínica: impasses na clínica contemporânea II
Coordenação: Ana Maria Furtado
Horário: 9h/10h30
Início: 23/02/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: não há vagas
Requisito: Análise pessoal em andamento ou finalizada, pelo menos três anos de prática clínica, entrevista com a coordenadora.
Sinopse: Os impasses na clínica cotidiana são apresentados e debatidos pelo grupo e inspiram a leitura e debate de textos selecionados a partir dos mesmos. Em 2017, o tema da transferência foi central e lemos de Ferenczi a autores nacionais, com especial ênfase nos trabalhos de Marion Minerbo.
Oficina Clínica III
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Horário: 10h/11h30
Reinício: 09/03/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 1
Requisito: Conhecimento da Teoria Psicanalítica e Prática Clínica; inscrição na secretaria e contato telefônico com o coordenador.
Sinopse: A oficina clínica se destina aos profissionais que desejam discutir casos, questões e impasses na clínica.
Oficina Clínica
Coordenação: Carlos Augusto Belo e Rita Mac Dowell Tourinho
Horário: 10h30/12h
Início: 02/03/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 5
Número mínimo de inscritos para dar início: 2
Requisito: Entrevista com os coordenadores
Sinopse: A oficina tem como proposta, através dos relatos de seus participantes, construir um local de reflexão e elaboração dos impasses clínicos ali apresentados, produzindo uma escuta ampliada e oferecendo um espaço de trabalho onde se produza trocas de experiência entre os pares.
Cartel Seminário 8 Lacan: a transferência
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Horário: 10h30/11h30
Início: 02/03/2018 (quinzenal)
Duração: 1 ano
Vagas: Sem vagas
Requisito: Interesse em estudos lacanianos
Sinopse: O cartel é constituído por um grupo de psicanalistas com a finalidade de construir um saber sobre uma questão que instiga este encontro. O tema a percorrer é o conceito de transferência desenvolvido por Lacan no Seminário 8.
Grupo de Estudos: o ego e a angústia nos pacientes borderline
Coordenação: Jurandir Freire Costa
Horário: 10h30/12h
Início: 09/03/2018 (quinzenal)
Número de vagas: 15
Requisitos: Ser membro efetivo do Círculo Psicanalítico
Seminário Teórico-Clínico: uma visão clínica de Winnicott e seus interlocutores
Coordenação: Maria de Fátima de Amorim Junqueira
Horário: 11h30/13h
Reinício: abril/2018 (semanal)
Duração: Indeterminada
Número de vagas: 6
Número mínimo de inscritos: 6
Requisito: Ter interesse na clínica de Winnicott e seus contemporâneos.
Sinopse: A partir de casos clínicos trazidos pelos participantes buscaremos entendimentos e ferramentas para um melhor exercício criativo da clínica; recorrendo a textos de Winnicott e de outros autores baseados em sua obra.
Oficina Clínica: sobre a análise do infantil e o infantil na análise
Coordenação: Neyza Prochet
Horário: 11h30/13h
Início: 23/02/2018 (semanal)
Duração: 4 anos
Vagas: 1 ou 2 vagas (a confirmar)
Requisitos: Análise pessoal, conhecimento da teoria psicanalítica e experiência clínica; inscrição na secretaria e entrevista presencial com a coordenadora.
Sinopse: O processo de amadurecimento e desenvolvimento da identidade pessoal mostra-se cada vez mais ambíguo e indefinido na contemporaneidade. Infância, adolescência, maturidade, senilidade perdem suas referências, se superpõem e se confundem, exigindo do analista um olhar atento à dificuldade crescente não só da criança e do adolescente, mas também de adultos, em seguir o curso deste amadurecimento e renunciar ao primado infantil narcísico e onipotente.
Grupo de Estudo Leitura em Freud
Coordenação: Carlos Augusto Belo e Rita Mac Dowell
Horário: 12h/13h30
Reinício: 02/03/2018 (quinzenal)
Vagas: 15
Número mínimo de inscritos: 5
Duração: Indeterminada
Requisito: Entrevista com os coordenadores.
Sinopse: Leitura em grupo de textos freudianos. Freud – Obras Completas.
Grupo de Pesquisa: escutando o corpo
Coordenação: Carlos Augusto Belo e Rita Mac Dowell
Coordenadora convidada: Denise Cipriano Jabour
Horário: 12h/13h30
Reinício: 09/03/2018 (quinzenal)
Duração: Indeterminada
Vagas: 2
Número de participantes: até 15
Requisitos: Entrevista com os coordenadores.
Sinopse: Estudar as manifestações psicossomáticas, mudas em sua representabilidade psíquica, de forma a serem entendidas como expressão de uma finalidade, de um sentido que lhes vão dar voz. Ampliar as fronteiras entre a psicanálise e a psicossomática criando um espaço para interlocução desses dois saberes.
Lendo Wilfred R. Bion
Coordenação: Luis Claudio Figueiredo
Horário: 13h/14h30
Início: agosto de 2018 (curso mensal.)
Duração: quatro encontros de agosto a novembro de 2018
Vagas: 25 vagas
Sinopse: Em quatro aulas, de agosto a novembro, propõe-se a leitura detalhada e o comentário analítico de dois textos de Bion: “Differentiation of the psychotic from the non-psychotic personalities” (1957) e “A theory of thinking” (1962).
O objetivo será o de examinar as ideias expressas nos textos de forma a explicitar o circuito conceitual em que se inserem e, principalmente, identificar suas implicações para a escuta clínica e a condução de uma psicanálise.
Duas aulas serão presenciais e duas por Skype. Os textos poderão ser lidos também em Português.
Oficina Clínica: o cuidar e a clínica psicanalítica
Coordenação: Neyza Prochet
Horário: 13h15/14h45
Início: 23/02/2018 (semanal)
Duração: 4 anos
Vagas: 1 ou 2 vagas (a confirmar)
Requisitos: Análise pessoal, conhecimento da teoria psicanalítica e experiência clínica; inscrição na secretaria e entrevista presencial com a coordenadora.
Sinopse: Como a subjetividade que se configura em nossos dias? Como nos constituímos frente aos símbolos e paradigmas da cultura contemporânea? Como construir e sustentar um senso de identidade e de continuidade de existência diante da mobilidade, fluidez e relativização, características da pós-modernidade? Há novos sofrimentos psíquicos ou apenas outras formas de expressar esta dor?
Mantendo a perspectiva de uma escuta sensível em relação às necessidades de cada paciente, visamos discutir o espaço analítico como o lugar privilegiado de uma experiência de cuidado (FIGUEIREDO, 2007), onde através do sonho, do compartilhamento e das diversas facetas do cuidar, buscamos criar condições para o acontecer humano – definido como uma ação constitutiva de uma possibilidade de ser no mundo, pautada nos princípios de uma relação de compromisso com o ser a si mesmo e com a condição humana.
Introdução à Winnicott
Coordenação: Maria de Fátima de Amorim Junqueira
Horário: 14h30/16h
Início: 03/08/2018 (semanal)
Número mínimo de inscritos: 8
Requisito: estar frequentando o núcleo básico de formação.
Sinopse: Apresentar uma síntese da matriz teórico-clínica do pensamento de Winnicott. Marcando as suas semelhanças e diferenças com Melanie Klein.
Seminário Teórico-Clínico de Psicanálise com Crianças e Adolescentes e a Neurose Infantil no Adulto
Coordenação: Alba Senna
Horário: 14h30/16h
Início: 09/03/2018 (2ª e 4ª sextas-feiras do mês)
Duração: Indeterminada
Requisitos: Análise pessoal e entrevista com a coordenadora.
Sinopse: O Seminário tem como objetivo estudar a teoria e a clínica da psicanálise com crianças e adolescentes e a neurose infantil no adulto. Propõe refletir sobre a questão do sujeito – a castração – que impõe aos “caminhos” do saber, seus sintomas, inibições e angústia.
Grupo de Estudos do Livro Fadas no Divã – Psicanálise nas Histórias infantis de Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso
Coordenação: Alba Senna
Horário: 14h30/16h
Início: 16/03/2018 (3ª sexta-feira do mês)
Duração: Indeterminada
Vagas: Entrar em contato com a coordenadora
Requisito: Contato com a coordenadora
Sinopse: Freud em “A ocorrência, em sonhos, de material oriundo de contos de fadas (1913)”, reconhece o lugar importante do conto de fadas na vida mental das pessoas ocupando muitas vezes o lugar das lembranças de sua própria infância, transformando estes contos em lembranças. O livro de Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso, seguindo Freud, nos mostra como os contos de fadas, tão ricos em simbolismos, podem ser aproveitados no tratamento psicanalítico, pois são uma via privilegiada de acesso às fantasias inconscientes.
Roda de Conversa Clínica entre Pares
Coordenação: Carlos Augusto Belo, Elaine Vasconcelos de Andrade, Neyza Prochet e Rita Mac Dowell Tourinho
Horário: 15h/17h
Início: 02/03/2018 (mensal)
Duração: 1 ano
Vagas: 10
Requisito: Ser membro efetivo do CPRJ
Sinopse: Roda de conversa entre membros efetivos. Tem por objetivo promover discussões baseadas nas vivências clínicas de seus participantes e em questões evocadas a partir de textos e acontecimentos contemporâneos que suscitem reflexões por seus efeitos na clínica.
Grupo de Estudo de Winnicott a Ferenczi
Coordenação: Carlos Augusto Belo
Horário: 15h/16h30
Início: 09/03/2018 (quinzenal)
Duração: sem tempo de duração
Vagas: sem vagas
Requisito: Estar vinculado ao Círculo e as Oficinas Clínicas.
Sinopse: Grupo de estudo de Winnicott a Ferenczi.
Seminários de Curta Duração
Narciso e o Superhomem
Coordenação: Alexandre Abranches Jordão
Horário: 19h/20h30
Início: 12/03/2018
Duração: 5 segundas-feiras (12, 19 e 26/03; 02 e 09/04)
Sinopse: O curso se propõe a utilizar o mito de Narciso, na versão eternizada por Ovídio, para ilustrar algumas das particularidades, alcances e paradoxos do conceito de narcisismo em Psicanálise, articulando-o tanto com a noção de ressentimento como com a do superar-se a si mesmo em Nietzsche.
A Concepção de Subjetividade e Cultura no Pensamento de Winnicott: uma ferramenta crítica para pensar o contemporâneo
Coordenação: Beatriz Gang
Horário: 12h30/14h
Início: 12/04/2018
Duração: 6 encontros às quintas-feiras (12 e 26/04; 10 e 24/05; 14 e 28/06)
Vagas: 10
Requisito: Interesse pelo pensamento de Winnicott e em articular os impasses do Social Contemporâneo com os temas teóricos e clínicos trabalhados por esse Psicanalista.
Sinopse: Ao questionar a noção clássica de pulsão de morte e considerar os anseios fundamentais do self como ligados à sua força vital criativa-força que não ameaça primariamente a cultura, mas pode encontrar nela seus contextos de facilitação – Winnicott desenvolve a ideia de uma subjetividade que se ancora na experiência fundamental de pertencimento. O objetivo do curso será então considerar de que forma essa concepção inovadora nos serve como ferramenta para pensar criticamente o contexto contemporâneo que, ao contrário, supervaloriza a autonomia, precariza os pertencimentos e expõe o sujeito a um enorme desamparo.
Que diferença pode fazer esse olhar crítico em nossa prática clínica atual?
Entre Medo e Desejo: os caminhos da escrita e o psicanalista
Coordenação: Neyza Prochet
Horário: 15h/16h30
Início: 04/05/2018
Duração: 4 encontros às sextas-feiras (04, 11, 18 e 25/05)
Vagas: 20
Requisitos: Mínimo de 8 alunos para o início da atividade. Desejo de escrever com prazer.
Sinopse: “O caminho está sempre por encontrar. Uma folha branca está cheia de caminhos.” (DERRIDA, 2005, p. 60).
Que caminhos existirão se não forem caminhados? Onde está o “desejo de escrever” do psicanalista? Que experiências marcam este desejo e/ou medo de escrever?
Para além do interesse científico, escrevemos movidos por quais motivações? Nossas inquietações? Pela necessidade de dar um testemunho? Para poder recuperar nossa identidade, como diz Pontalis?
A proposta desta breve oficina é a de estimular a criatividade e desfazer/diminuir o medo da escrita.
As Subjetivações como Formas de Resistência no Mundo Atual
Coordenação: Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
Horário: 19h30/21h
Início: 16/05/2018
Duração: 5 encontros às quartas-feiras (16 e 23/05; 6, 20 e 27/06)
Vagas: 10
Sinopse: Traumas e resistências fazem parte da constituição do sujeito. Alguns fatos da vida se apresentam corriqueiramente e, ainda que de baixa intensidade, aliados a outros devastadores, violentos, desastrosos e com graves consequências marcam a existência de cada um, fazendo parte integrante das subjetivações e de modos existência. Uma abordagem atual de tais influências e interferências não pode deixar passar a constatação do aumento da destrutividade que impera no mundo, fazendo emergir leituras contemporâneas que estejam atentas, não só às possíveis causas desse aumento de destituição e eliminação do outro, mas sobretudo às consequentes patologias e distúrbios que produzem sofrimento no sujeito – afinal todos parecem estar num processo de modificação acelerado quanto à padrões de constituição de si mesmos.
- A teoria e o uso da teoria pelos psicanalistas.
- A noção de resistência em Freud, Lacan e Foucault.
- As subjetividades e o processo de subjetivação
- A pulsão de morte, a destrutividade e seus efeitos
- Sofrimento psíquico e social.
A Dupla Face da Angústia no Texto Freudiano
Coordenação: Marcos Comaru
Horário: 10h45/12h15
Início: 14/09/2018
Duração: 3 encontros às sextas-feiras (14, 21 e 28 de setembro)
Sinopse: Ao longo dos encontros abordaremos as duas principais concepções da angústia em Freud. A “teoria econômica”: na qual a angústia é abordada pela via dos excessos não vinculados psiquicamente, de natureza transbordante. E a “teoria histórica”: na qual a angústia é pensada como sinal de uma experiência de perda, acionadora do recalque, mantenedora do princípio do prazer.