PRÓXIMOS EVENTOS
Inscrições abertas (até 18/08 – 15h) para o filme do dia 19 de agosto.
![]() | Cadernos de Psicanálise (CPRJ)v.43, n.45 jul./dez. 2021– Clique aqui para ampliar a capa. |
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![]() | PRIMÓRDIOSv.7, n.7, 2021– Clique aqui para ampliar a capa. |
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![]() | Cadernos de Psicanálise (CPRJ) |
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A cada ano, a Comissão de Formação Permanente do CPRJ escolhe um tema que irá nortear nossas reflexões e inspirar nossos encontros. Esta escolha busca contemplar questões e impasses em evidência na cultura e no dia a dia da clínica psicanalítica e que demandem maior aprofundamento, outras abordagens e novas articulações teóricas e clínicas. Dentro desta perspectiva, todas as mesas-redondas e conferências que acontecem no ano, bem como os Cadernos de Psicanálise do CPRJ são dedicados ao tema escolhido naquele ano.
TEMA DO ANO 2022:
Afinando a escuta: “um enorme passado pela frente”
Cadernos de Psicanálise (CPRJ)
Continuidade, Rupturas, Transformações
v.43, n.45 jul./dez. 2021
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Tema do ano 2022:
Afinando a escuta: “um enorme passado pela frente”
A Comissão Clínica informa que as inscrições para a Clínica Social abrem todo primeiro dia útil de cada mês.
Os interessados devem enviar mensagem por WhatsApp para o número (21) 99245-2752, a partir das 9h, para se informar sobre a disponibilidade de vagas.
Psicanalistas membros efetivos e associados em formação oferecem atendimento individual para adultos, adolescentes e crianças. Não realizamos atendimentos de emergência
Horário de atendimento: de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h.
Rua David Campista, 170 – Humaitá
(21) 99245-2752 (Whatsapp) para agendamento da entrevista de triagem.
História da Produção Conceitual Psicanalítica
Horário: 21h/22h30 – semanal – quintas-feiras
Início: 28/04/2022
Término: 10/11/2022
Programação e ementas:
Freud I – (4 aulas) – dias: 28 de abril; 05, 12 e 19 de maio
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros
Ementa: Os começos da psicanálise se ancoram na clínica da histeria e na descoberta da talking cure, expressão cunhada pela famosa paciente de Breuer, Anna O. Freud, um jovem médico e amigo de Breuer, produz uma nova modalidade clínica, a clínica da escuta, baseada nessa experiência originária. O edifício teórico da psicanálise será construído tendo como referência a clínica psicanalítica. Por isso, os conceitos sofrerão permanente processo de construção e revisão, como podemos testemunhar a partir da primeira tópica, na formulação do conceito de inconsciente, e em “Introdução ao Narcisismo”, texto que marca a revisão da teoria pulsional freudiana até a virada de 1920 e da conseguinte postulação da segunda tópica.
Freud II – (3 aulas) – dias: 26 de maio; 02 e 09 de junho
Coordenação: Gilberto Gomes
Ementa: Pulsões e destinos das pulsões. O complexo de Édipo e a bissexualidade. As várias formulações freudianas para o além do princípio do prazer. A segunda teoria do aparelho psíquico e os diferentes conceitos de eu no teorizar de Freud.
Freud III – (3 aulas) – dias: 23 e 30 de junho; 07 de julho
Coordenação: Claudia Pereira
Ementa: Embora Freud tenha escrito relativamente pouco a respeito da técnica psicanalítica, não se pode dizer que esta não tenha sido uma de suas constantes preocupações. Assim é que, já em 1895, no início de seu percurso como psicanalista, ele apresentou em seus Estudos sobre a Histeria uma descrição bastante pormenorizada do procedimento psicanalítico. No outro extremo, 1937, em Análise terminável e interminável e em Construções em análise, Freud mais uma vez discutia temas relacionados com a técnica psicanalítica. Entre esses dois momentos, ao longo de 40 anos, ele produziu recomendações sobre como iniciar, conduzir e terminar uma análise, deixando registrado como usou a sugestão e a interpretação; como descobriu e enfrentou as resistências; e como identificou e manejou a transferência. São tais recomendações que abordaremos em nossos encontros sobre a teoria da técnica psicanalítica.
Inscrições abertas até o dia 26/04/2022:
Ocular Quadrifocal Paul Bercherie – (2 aulas) – dias: 14 e 21 de julho
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Ementa: Apresentação das principais escolas da psicanálise pós – freudianas de acordo com o mapeamento de Bercherie: a escola inglesa (Klein), a escola ame- ricana (Kohut), a escola francesa (Lacan) e a “nebulosa marginal” (Winnicott, Balint, Fairbairn, etc.)
Inscrições abertas até o dia 12/07
Ferenczi – (3 aulas) – dias: 28 de julho; 04 e 11 de agosto
Coordenação: Ana Lila Lejarraga
Ementa: Considerado por muitos anos um enfant terrible da psicanálise, Ferenczi tem sido resgatado na atualidade por ter sido um especialista em pacientes graves. Eminentemente clínico, Ferenczi subordinou sempre as inovações conceituais e técnicas à eficácia terapêutica. Suas experimentações clínicas – técnica ativa, elasticidade, princípio de relaxamento e neocatarse, análise mútua – o conduziram a construir uma teoria e uma proposta clínica sobre o trauma patogênico. Em nossos encontros abordaremos os principais conceitos que se articulam em torno da noção do trauma desestruturante: introjeção, confusão de línguas, desmentido, autotomia, autoclivagem narcísica, progressão traumática.
Inscrições abertas até o dia 26/07
Melanie Klein – (3 aulas) – dias: 18 e 25 de agosto; 01 de setembro
Coordenação: Luís Claudio Figueiredo (CPRJ e PUC-SP) e convidados
Em colaboração com Elisa Ulhoa Cintra (PUC-SP) e Octavio Souza (CPRJ e FIOCRUZ)
Ementa: Melanie Klein será apresentada em três aulas na base de uma conversa entre nós três. Temas essenciais da produção kleiniana serão objetos de nossa conversação: a expansão da psicanálise freudiana para a análise de crianças pequenas e quadros de psicose infantil (com a focalização das angústias arcaicas, a situação edipiana inicial, o superego precoce e as inibições), a problemática das phantasias inconscientes e da simbolização, os conceitos de ‘posição’ [posição depressiva e posição esquizoparanoide, com suas defesas arcaicas – como a cisão e a identificação projetiva] e a inveja primária. Abordaremos também a forte presença da ambivalência em todos os momentos e processos psíquicos desde o nascimento até nossa morte. Enfatizaremos as ligações de Melanie Klein com o pensamento de Freud, bem como suas criativas inovações. Finalmente trataremos da presença do pensamento kleiniano na psicanálise contemporânea em autores como Thomas Ogden, entre outros. Cada um dos temas será exposto por um de nós e comentado pelos outros dois de forma a estimular a participação de todos nessas conversas.
Winnicott – (3 aulas) – dias: 15, 22 e 29 de setembro
Coordenação: Neyza Prochet
Ementa: Considerado hoje um dos autores psicanalíticos mais discutidos, Win- nicott nos deixou uma obra pouco sistematizada do ponto de vista teórico, mas de imensa riqueza clínica. Nestes três encontros serão apresentadas suas principais contribuições: seu modelo teórico-clínico para a compreensão do desenvolvimento psíquico do indivíduo humano; o paradoxo envolvido na ideia de espaço transicional; e a localização da experiência cultural. Como pano de fundo, a importância das noções de espontaneidade, criatividade, o Outro hospedeiro e sua imensa confiança na força para o crescimento.
Lacan – (3 aulas) – dias: 6, 13 e 20 de outubro
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Ementa: Lacan, psicanalista francês, realizou em sua obra uma releitura original de Freud. Através dos três registros Real, Simbólico e Imaginário, Lacan explicita o campo psicanalítico. Percorreremos conceitos como estádio do espelho, esquema L, sujeito, Autre, metáfora paterna, identificação, desejo, angústia, afeto, gozo, objeto a. As estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão serão pensadas em relação à práxis lacaniana como uma ética do bem-dizer. Na clínica das suplências versaremos sobre o sinthoma, o nó borromeano, a letra e a escrita. E o impossível, o Real, campo próprio lacaniano, nos despertará através dos obstáculos das direções do mundo contemporâneo.
Bion – (3 aulas) – dias: 27 de outubro; 03 e 10 de novembro
Coordenação: Carla Penna e Beatriz Chacur Biasotto Mano
Ementa: Bion iniciou seus trabalhos como psiquiatra na Segunda Guerra Mundial fazendo uma contribuição fundamental para a compreensão da psicodinâmica dos grupos humanos. Anos mais tarde desenvolveu um pensamento original que permitiu o avanço na compreensão da psicose e de pacientes borderline. Construiu uma teoria sofisticada apresentando conceitos como função alfa, elementos beta, objetos bizarros, continente e contido e reverie dentre outros. Suas ideias fizeram-no um dos autores mais profícuos da psicanálise garantindo-lhe, além de um lugar de destaque no pensamento psicanalítico, importantes e atuais seguidores.
Seminários de Curta Duração
Seminário de Curta Duração: Raça e gênero: do silêncio ao silenciamento do analista
Coordenação: Jô Gondar e Gilberto Souza
Horário: 10h30/12h
Início: 04/08/2022 (semanal)
Duração: 4 encontros às quintas-feiras (04, 11, 18 e 25/08)
Vagas: 25
Sinopse: As questões referentes à raça e gênero têm provocado a psicanálise. Têm sido denunciadas a centralidade do falo e da heterossexualidade em nossas teorias e práticas clínicas, bem como o silenciamento dos analistas e instituições brasileiras sobre os processos de subalternização da população negra no país. O seminário pretende pôr em pauta essas provocações, privilegiando aspectos como: racismo e sexismo na formação psicanalítica, o pacto narcísico da branquitude, a naturalização das normas de gênero e de raça, a interseccionalidade e as afinidades minoritárias. Se em nosso ofício nos interessamos pelo silêncio, pelo resto e pelo fragmento, nos parece urgente examinar os silenciamentos dos e nos analistas, nas instituições psicanalíticas e em suas respectivas produções.
Informações e inscrições pelo e-mail: secretariacprj@cprj.com.br6
Nota de repúdio
Um pelourinho chamado Brasil
O Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro vem a público manifestar o seu mais profundo e veemente repúdio ao brutal assassinato de Moïse Mujenyi Kabagambe, 24 anos. Pés e mãos amarrados, foi espancado até a morte no quiosque onde trabalhava. Um refugiado da violência e dos horrores da guerra fratricida do Congo, encontra aqui a sua mais brutal expressão.
As imagens, bárbaras, ferozes, apavorantes, parecem congelados no tempo. Elas denunciam o pior da brasilidade, as marcas deixadas pelos séculos de escravidão. O racismo, a xenofobia e a violência, estes são denunciados de forma crua, sem disfarces: um rapaz africano, pede ao senhor o que lhe é devido, e tem como resposta à sua reivindicação insolente, o “açoite” impiedoso até a morte. Este ato atroz, repugnante, vergonhoso, vem acontecendo desde o século XVI, em praça pública, em praia pública, à vista de todos, sem constrangimento. Assim, através do genocídio da juventude negra, pois a cada 23 minutos um jovem negro é morto, vamos cumprindo o processo eugênico de “branqueamento” da população, ideal cívico desde o século XIX e que agora, é amplificado pelo discurso de ódio, a tudo que se supõe “diferente”. Nossa tragédia, o racismo estrutural, aliado à banalidade do mal, termina por permitir que a desumanização do outro, colocado na condição de “coisa”, possa ser uma vida matável.
O conflito explicitado na cultura é espelho de nossa própria constituição subjetiva marcada pela presença do conflito pulsional. Assim, a imagem de uma democracia racial, de um povo “cordial “, durante muitos anos nos fez dormir “em berço esplendido”, escondendo nossa matriz violenta, nosso racismo, misoginia, desigualdade e injustiça sociais. No entanto, mais do que nunca, estes últimos agora se fazem presentes. De costas para o mundo civilizado, nos tornamos pária entre os países do Ocidente, já que compactuamos com a morte e a barbárie. Por isso, tão fundamental se faz o desprezo, a indignação e o repúdio à perpetração deste bárbaro assassinato, fazendo ecoar nosso clamor por justiça.
É preciso que seja dito: Basta!!!!
Moïse, Durval e tantos outros… Presente! Vidas negras importam!!!
Comissão Administrativa







