Temporariamente nossos telefones não estão funcionando
e estamos atendendo apenas pelos e-mails:
cprj@cprj.com.br
adm_cprj.om.br
Cadernos de Psicanálise (CPRJ) |
---|
A cada ano, a Comissão de Formação Permanente do CPRJ escolhe um tema que irá nortear nossas reflexões e inspirar nossos encontros. Esta escolha busca contemplar questões e impasses em evidência na cultura e no dia a dia da clínica psicanalítica e que demandem maior aprofundamento, outras abordagens e novas articulações teóricas e clínicas. Dentro desta perspectiva, todas as mesas-redondas e conferências que acontecem no ano, bem como os Cadernos de Psicanálise do CPRJ são dedicados ao tema escolhido naquele ano.
TEMA DO ANO 2021: Cem Anos de 1921: continuidade, rupturas, transformações
Cadernos de Psicanálise (CPRJ)
Continuidade, Rupturas, Transformações
v.43, n.44 jan./jun. 2021
– Clique aqui para ampliar a capa.
– Clique aqui para acessar o conteúdo.
Tema do ano 2021:
Cem anos de 1921: continuidade, rupturas
e transformações.
Psicanalistas membros efetivos e associados em formação oferecem atendimento individual para adultos, adolescentes e crianças. Não realizamos atendimentos de emergência
Horário de atendimento: de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h.
Rua David Campista, 170 – Humaitá
(21) 99245-2752 (Whatsapp) para agendamento da entrevista de triagem.
História da Produção Conceitual Psicanalítica
Horário: 21h/22h30 – semanal – quintas-feiras
Início: 08/04/2021
Programação e ementas:
Freud I – (4 aulas) – dias: 8, 15 e 29 de abril; 6 de maio
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros
Ementa: Os começos da psicanálise estão ancorados na clínica da histeria e a descoberta da “talking cure” realizada pela famosa paciente de Breuer, Anna O. Freud, um jovem estudante de medicina e amigo de Breuer, constrói uma nova modalidade de clínica, a clínica da escuta, baseada nessa experiência originária. O edifício teórico da psicanálise será construído tendo como referência última a clínica psicanalítica, por isso os conceitos psicanalíticos estarão em permanente processo de construção e revisão, como podemos testemunhar a partir da primeira tópica e a formulação do conceito de inconsciente, e em “Introdução ao Narcisismo”, texto que marca a virada freudiana da primeira para segunda tópica.
Freud II – (3 aulas) – dias: 13, 20 e 27 de maio
Coordenação: Gilberto Gomes
Ementa: Pulsões e destinos das pulsões. O complexo de Édipo e a bissexualidade. As várias formulações freudianas para o além do princípio do prazer. A segunda teoria do aparelho psíquico e os diferentes conceitos de eu no teorizar de Freud
Freud III – (3 aulas) – dias: 17 e 24 de junho; 1º de julho
Coordenação: Claudia Amorim Garcia
Ementa: Embora Freud tenha escrito relativamente pouco a respeito da técnica psicanalítica, não se pode dizer que esta não tenha sido uma de suas constantes preocupações. Assim é que, já em 1895, no início de seu percurso como psicanalista, ele apresentou em seus Estudos sobre a Histeria uma descrição bastante pormenorizada do procedimento psicanalítico. No outro extremo, 1937, em Análise terminável e interminável e em Construções em análise, Freud mais uma vez discutia temas relacionados com a técnica psicanalítica. Entre esses dois momentos, ao longo de 40 anos, ele produziu recomendações sobre como iniciar, conduzir e terminar uma análise, deixando registrado como usou a sugestão e a interpretação; como descobriu e enfrentou as resistências; e como identificou e manejou a transferência. São tais recomendações que abordaremos em nossos encontros sobre a teoria da técnica psicanalítica.
Ocular Quadrifocal Paul Bercherie – (2 aulas) – dias: 8 e 15 de julho
Coordenação: Paulo Sérgio Lima Silva
Ementa: Apresentação das principais escolas da psicanálise pós – freudianas de acordo com o mapeamento de Bercherie: a escola inglesa (Klein), a escola americana (Kohut), a escola francesa (Lacan) e a “nebulosa marginal” (Winnicott, Balint, Fairbairn, etc.)
Ferenczi – (3 aulas) – dias: 22 e 29 de julho; 5 de agosto
Coordenação: Ana Lila Lejarraga
Ementa: Considerado por muitos anos um enfant terrible da psicanálise, Ferenczi tem sido resgatado na atualidade por ter sido um especialista em pacientes difíceis. Eminentemente clínico, Ferenczi subordinou sempre as inovações conceituais e técnicas à eficácia terapêutica. Suas experimentações clínicas – técnica ativa, princípio de relaxamento e neocatarse, análise mútua – o conduziram paulatinamente a construir uma teoria do trauma, em torno da qual se articularam seus principais conceitos: introjeção, autotomia, autoclivagem narcísica, desmentido. Escreve Granoff: “Se Freud inventou a psicanálise, Ferenczi fez a psicanálise. Mais ainda, ele fez a psicanálise enquanto pulsação viva”.
Melanie Klein – (3 aulas) – dias: 12, 19 e 26 de agosto
Coordenação: Maria Theresa da Costa Barros
Ementa: Meltzer, autor de uma trilogia sobre Freud, Klein e Bion, ao apresentar seu estudo sobre “Narrativa de uma análise infantil”, chamou a contribuição de Melanie Klein de “desenvolvimento” kleiniano. Ogden, outro pensador do movimento psicanalítico, disse que não podemos entender Klein sem entender Freud e, em um determinado sentido, ousou dizer que, talvez não possamos entender Freud completamente, sem entender Klein. Paradoxo ou não, vamos conversar um pouco sobre o pensamento desta mulher que teve mente e coração para ampliar o campo da Psicanálise.
Winnicott – (3 aulas) – dias: 2, 9 e 23 de setembro
Coordenação: Neyza Prochet
Ementa: Considerado hoje um dos autores psicanalíticos mais discutidos, Winnicott nos deixou uma obra pouco sistematizada do ponto de vista teórico, mas de imensa riqueza clínica. Nestes três encontros serão apresentadas suas principais contribuições: seu modelo teórico-clínico para a compreensão do desenvolvimento psíquico do indivíduo humano; o paradoxo envolvido na ideia de espaço transicional; e a localização da experiência cultural. Como pano de fundo, a importância das noções de espontaneidade, criatividade, o Outro hospedeiro e sua imensa confiança na força para o crescimento.
Lacan – (3 aulas) – dias: 30 de setembro; 7 e 14 de outubro
Coordenação: Rosa Jeni Matz
Ementa: Lacan, psicanalista francês, realizou em sua obra uma releitura original de Freud. Através dos três registros Real, Simbólico e Imaginário, Lacan explicita o campo psicanalítico. Percorreremos conceitos como estádio do espelho, esquema L, sujeito, Autre, metáfora paterna, identificação, desejo, angústia, afeto, gozo, objeto a. As estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão serão pensadas em relação à práxis lacaniana como uma ética do bem-dizer. Na clínica das suplências versaremos sobre o sinthoma, o nó borromeano, a letra e a escrita. E o impossível, o Real, campo próprio lacaniano, nos despertará através dos obstáculos das direções do mundo contemporâneo.
Bion – (3 aulas) – dias: 21 e 28 de outubro; 4 de novembro
Coordenação: Carla Penna e Beatriz Chacur Biasotto Mano
Ementa: Bion iniciou seus trabalhos como psiquiatra na Segunda Guerra Mundial fazendo uma contribuição fundamental para a compreensão da psicodinâmica dos grupos humanos. Anos mais tarde desenvolveu um pensamento original que permitiu o avanço na compreensão da psicose e de pacientes borderline. Construiu uma teoria sofisticada apresentando conceitos como função alfa, elementos beta, objetos bizarros, continente e contido e reverie dentre outros. Suas ideias fizeram-no um dos autores mais profícuos da psicanálise garantindo-lhe, além de um lugar de destaque no pensamento psicanalítico, importantes e atuais seguidores.
Seminários de Curta Duração
Luto, Luto Coletivo e Pandemia
Coordenação: Carla Penna
Horário: 20h30/22h
Início: 05/05/2021 (semanal)
Duração: 4 encontros às quartas-feiras (05, 12, 19 e 26/05)
Vagas: 25
Sinopse: O luto ocupa lugar de destaque na psicanálise. Experiências traumáticas vivenciadas no século XX permitiram não apenas a exploração de perspectivas coletivas relativas aos processos de luto e melancolia, bem como a observação e estudo de formas especiais de luto. Transportando estes desenvolvimentos teóricos para o contexto da pandemia, e para o confronto diário com a morte de milhares de pessoas, o seminário visa refletir sobre os desafios apresentados na clínica aos processos de luto e elaboração em tempos de COVID-19.
Inscrições encerradas.
Didier Anzieu: Dimensões clínicas da noção de Eu-pele
Coordenação: Beatriz Chacur Biasotto Mano
Horário: 13h/14h30
Início: 07/05/2021 (semanal)
Duração: 4 encontros às sextas-feiras (07, 14 e 21/05 e 11/06)
Vagas: 20
Número mínimo de inscritos para dar início: 6
Sinopse: A noção de Eu-pele elaborada por Didier Anzieu é, segundo ele próprio, uma de suas contribuições mais importantes para a cultura psicanalítica contemporânea. Ela tem se mostrado extremamente fecunda como recurso clínico para compreensão e manejo de situações que envolvem questões de limite, de espaço; de má-formação ou deformação do continente psíquico. Nesse seminário estudaremos aspectos da obra de Didier Anzieu que fundamentam, sustentam e desdobram a noção de Eu-pele em sua potencialidade clínica.
Inscrições encerradas.
Didier Anzieu: Significantes formais e as (proto)representações do arcaico
Coordenação: Beatriz Chacur Biasotto Mano
Horário: 13h/14h30
Início: 01/10/2021 (semanal)
Duração: 4 encontros às sextas-feiras (01, 08 e 15/10 e 05/11)
Vagas: 15
Número mínimo de inscritos para dar início: 8
Requisitos: Ter experiência em clínica psicanalítica.
Sinopse: No contexto das diversas concepções de representação de uma tópica psíquica arcaica (por exemplo: os ideogramas de Bion, os pictogramas de Piera Aulagnier, as formas autistas de Tustin, entre outros), Anzieu formula a noção de significante formal com a intensão de enriquecer a escuta clínica e a possibilidade de interpretações que relevem a perspectiva tópica, isso é, as alterações do espaço psíquico. A proposta do curso é a de apresentar os significantes formais, por um lado, como representação dos continentes psíquicos (Anzieu), e por outro, como um modo de “simbolização” de uma cena que conta a história de falhas do encontro com o objeto maternante (Roussillon).
Informações e inscrições pelo e-mail: adm_cprj@cprj.com.br